A investigação aberta pelo Ministério Público Federal (MPF) para apurar a ação da Polícia Federal (PF) que terminou com duas mulheres mortas e uma criança baleada na cabeça em Cristal, no sul do Estado, na quarta-feira (17), tem prazo de conclusão de 30 dias, prorrogáveis por mais 90.
Ainda na quarta-feira, o MPF requisitou esclarecimentos sobre as mortes e lesões à Superintendência Regional de PF. Conforme o órgão, foram solicitados "esclarecimentos detalhados e todos os documentos pertinentes, tanto sobre o ocorrido, quanto sobre a investigação que está sendo realizada pela própria Polícia Federal a respeito do caso".
Questionado pela reportagem de GaúchaZH se esse tipo de investigação é de praxe, o MPF informou, por meio da assessoria de imprensa, que o Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF no RS "possui atribuição de fiscalizar a atuação policial Federal (PF e PRF) no Estado e que a instauração de procedimento investigatório depende de cada caso concreto".
Por sua vez, a Polícia Federal afirmou que "considera o procedimento normal e inerente às atribuições do MPF e irá prestar as informações solicitadas. Conforme já informado, todas as circunstâncias do fato estão sendo apuradas pela própria instituição".
As buscas ao grupo suspeito de assaltar uma agência do Bradesco em Dom Feliciano no dia 6 chegaram ao 13º dia nesta quinta-feira (18). A Brigada Militar acredita que entre três e cinco criminosos tenham participado do ataque — depois, houve confronto com integrantes da corporação e fuga pela área rural do município. Investigação aponta que esse mesmo grupo seria resgatado pelos veículos que furaram uma barreira policial na madrugada de quarta-feira, em Cristal, o que resultou na morte de duas mulheres.