O Consórcio Cais Mauá conta com uma nova empresa, de São Paulo, fazendo a captação de recursos para retomar as obras de restauração dos onze armazéns em Porto Alegre.
A empresa Lad Capital já era a responsável por cuidar do fundo de investimentos que irá custear o empreendimento. Porém, desde a segunda quinzena de julho, ela também irá fazer a captação dos recursos privados.
Esse serviço era até então desempenhado pela também paulista Reag Investimentos, que também segue desempenhando esse papel, de acordo o gestor do empreendimento, Vicente Criscio.
— Até agora, a Reag não apresentou os investidores. Então, a direção do Cais decidiu ampliar a atuação da Lad — diz Criscio.
O consórcio Cais Mauá não confirma, mas a Reag está afastada do projeto. O distanciamento começou em abril, quando a Polícia Federal realizou uma operação que investigou fraude na empresa Icla Trust. Ela era a responsável pela captação de recursos da obra até o mês de fevereiro, quando a Reag assumiu.
Em junho, este distanciamento ficou mais evidente quando a Reag saiu do fundo de investimentos que havia sido criado para juntar o dinheiro necessário para a realização da obra. A empresa não se manifestou sobre o assunto.
O consórcio Cais Mauá precisa de R$ 75 milhões para executar a primeira fase da obra, que envolve a restauração dos armazéns. Para retomar os trabalhos, porém, o cálculo é de R$ 10 milhões a 20 milhões, que garantiriam fôlego para os primeiros meses de restauração.
A intenção é anunciar em setembro o grupo que ficará responsável pela obra. A previsão é de que, em outubro, o canteiro de obras seja retomado e o começo da restauração ocorra a partir de novembro.
Se esse cronograma for cumprido, o consórcio garante que entrega a restauração dos 11 armazéns em setembro de 2019, dentro do prazo previsto.