O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura de Max Guilherme Machado de Moura, ex-segurança e assessor de Jair Bolsonaro.
Max Guilherme estava preso desde 3 de maio. Ele é investigado no âmbito da apuração sobre a inserção de dados falsos no cartão de vacina do ex-presidente, a mesma operação que prendeu o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid.
A informação da soltura foi confirmada pelo advogado Admar Gonzaga, que defende Max Guilherme no processo.
De acordo com o defensor, não havia mais motivos para a manutenção da prisão, mas a investigação continua. Ou seja, pode ter novos desdobramentos.
A decisão de Moraes não é pública e o processo corre em sigilo. Segundo o advogado, a decisão foi emitida na quarta-feira (6), e a soltura de fato ocorreu na quinta-feira (7). Max Guilherme saiu da prisão usando tornozeleira eletrônica.
Max Guilherme foi sargento da Polícia Militar do Rio e atuou na segurança de Bolsonaro durante o mandato do ex-presidente.
Ele era visto frequentemente ao lado de Jair Bolsonaro nas conversas com apoiadores no Palácio da Alvorada. Ele foi candidato a deputado federal pelo Rio nas eleições do ano passado, mas não foi eleito.
Junto com Max, foram presos no mesmo dia Mauro Cid e outro assessor de Bolsonaro, Sergio Cordeiro.
A Polícia Federal apontou um esquema de fraude em carteiras de vacinação que teria beneficiado o ex-presidente, sua filha Laura e aliados. A operação se chama "Venire", em referência ao princípio do direito civil “Venire contra factum proprium”, que significa "vir contra seus próprios atos".
O objetivo, de acordo com as investigações, era obter vantagem indevida em situações que necessitassem de comprovação da vacina contra a covid-19, como em viagens internacionais.