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Polícia Federal aceita delação premiada de Mauro Cid

O ex-ajudante de Jair Bolsonaro está envolvido em mais de um caso, como o das joias avaliadas em R$ 16,5 milhões que uma comitiva do antigo governo trouxe ilegalmente para o Brasil

GZH

Antônio Cruz / Agência Brasil / Divulgação
Mauro Cid depõe na CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal

A Polícia Federal aceitou a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o portal G1, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se aceita ou não o acordo.

Antes disso, o Ministério Público Federal (MPF) precisará ser ouvido para saber quais as condições para a delação ser firmada. Cid está há 20 dias prestando depoimentos à PF.

O ex-ajudante é suspeito de participar da tentativa de trazer de maneira irregular para o Brasil joias — avaliadas em R$ 16,5 milhões — recebidas pelo governo Bolsonaro como presente da Arábia Saudita, além de:

  • tentar vender ilegalmente presentes dados ao governo Bolsonaro por delegações estrangeiras em viagens oficiais;
  • participar de uma suposta fraude de carteiras de vacinação de Bolsonaro e da filha de 12 anos do ex-presidente;
  • envolvimento nas tratativas sobre possível invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, para desacreditar o sistema judiciário brasileiro;
  • envolvimento em tratativas sobre um possível golpe de estado.

Pelo fato de Cid estar sendo investigado em mais de um caso, ainda não há informação sobre o foco da delação.

Quem é Mauro Cid

Tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de Jair Bolsonaro, Cid teve livre acesso ao gabinete presidencial, ao Palácio da Alvorada e até mesmo ao quarto ocupado pelo ex-chefe do Executivo nos hospitais, após cirurgias.

Seu nome ganhou atenção depois que vieram à tona suas conversas no WhatsApp com o blogueiro Allan dos Santos, no inquérito aberto para investigar a organização e o financiamento de atos antidemocráticos.

Durante o governo Lula, Cid foi considerado o pivô da demissão do então comandante do Exército, general Júlio César de Arruda. 

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