O ex-governador Eduardo Leite (PSDB) deve ser o candidato ao governo do Rio Grande do Sul com o maior tempo de exposição em rádio e televisão na propaganda eleitoral, seguido por Onyx Lorenzoni (PL) e Edegar Pretto (PT).
A estimativa foi calculada com base nos critérios definidos pela Justiça Eleitoral, de acordo com as coligações fechadas até o momento. O espaço exato a que cada um terá direito, contudo, será oficializado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em agosto — após as convenções partidárias.
Os programas de rádio e TV da eleição majoritária estadual terão 10 minutos e serão veiculados às segundas, quartas e sextas-feiras, duas vezes ao dia, a partir de 26 de agosto. No rádio, às 7h15min e às 12h15min; na TV, às 13h15min e às 20h35min.
Diariamente, também serão exibidas inserções de 30 e 60 segundos ao longo da programação. As inserções são divididas de acordo com o tamanho do partido ou da coligação de cada candidato, na mesma proporção do espaço que cada um tem nos programas em bloco.
Com o quadro pulverizado em 12 pré-candidaturas, a maior parte dos concorrentes deverá ter menos de um minuto para expor suas ideias e tentar conquistar o voto dos gaúchos.
A liderança de Leite no espaço de propaganda se deve, sobretudo, à coligação com o União Brasil (UB). Resultado da fusão do DEM com o PSL, a legenda é dona da maior fatia do tempo de rádio e TV entre todos os partidos.
Somados, os contingentes do UB, do Podemos, do PSDB e do Cidadania (sigla com a qual os tucanos formam uma federação) garantem ao ex-governador cerca de 2min30s a cada programa de 10 minutos. Caso ainda consiga fechar as alianças almejadas com MDB e PSD, Leite ficaria com aproximadamente 3min40s — ou seja, mais de um terço de todo o tempo de propaganda.
Com quatro partidos em sua coligação, Onyx se encaminha para ter o segundo maior tempo. Somados, os contingentes de PL, Republicanos, Pros e Patriota garantem ao ex-ministro em torno de 1min30s dentro de cada programa.
Logo depois, aparece Edegar Pretto (PT), cujo partido está em federação com PV e PCdoB — o agrupamento concede ao deputado por volta de 1min20s.
Pré-candidato do PP e apoiado pelo PTB, o senador Luis Carlos Heinze deve contar com cerca de um minuto para expor suas ideias.
Caso o MDB mantenha a candidatura de Gabriel Souza ao Piratini, teria direito a pouco mais de 40 segundos do tempo de propaganda. O espaço poderia praticamente dobrar em caso de uma composição com o PSD, que lançará Ana Amélia Lemos ao Senado.
Tempo semelhante ao de Gabriel (40s) seria destinado ao pré-candidato do PSB, Beto Albuquerque, que ainda não fechou alianças. Outro que caminha em faixa própria até o momento, Vieira da Cunha (PDT) teria um tempo de aproximadamente 35 segundos.
Primeiro candidato a ser oficializado em convenção, Roberto Argenta (PSC) terá direito a cerca de 30 segundos. Pedro Ruas (PSOL) deve falar por volta de 20 segundos, enquanto Ricardo Jobim (Novo) deve contar com aproximadamente 15 segundos.
O PSTU, que lançou Rejane de Oliveira, e o PCB, que anunciou a pré-candidatura de Carlos Messalla, não terão acesso ao horário eleitoral em razão da cláusula de barreira criada na eleição de 2018.
A estimativa dos tempos foi calculada de acordo com os critérios publicizados pela Justiça Eleitoral. O espaço dos candidatos pode variar de acordo com o número de concorrentes e o tamanho das coligações. Dentre os partidos com mais tempo de propaganda, apenas o PSD ainda não fechou coligação no RS.
Os espaços do horário eleitoral gratuito em rádio e televisão são divididos da seguinte forma: 10% do tempo é distribuído de forma igual entre os candidatos e 90% leva em conta o tamanho das legendas. O critério estipulado pela legislação é o número de deputados federais conquistados na eleição anterior. Trocas de partido não são consideradas para a divisão.