A corrida para o Palácio Piratini se desenhou no Estado, e as chapas a governador do RS foram apresentados oficialmente por suas legendas. A chapas foram registradas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o dia 5 de agosto e agora está em andamento o período de análise das candidaturas pela Corte. O primeiro turno das eleições 2022 está marcado para 2 de outubro. O segundo turno, se houver, será em 30 de outubro.
Os candidatos estão liberados para fazer propaganda eleitoral na internet e nas ruas. Caminhadas, carreatas com carro de som, distribuição de material de campanha, comícios e compra de publicidade paga nos meios de comunicação estão liberados até 1º de outubro, um dia antes do primeiro turno.
Conheça os candidatos ao governo do RS em 2022
Argenta (PSC)
Aos 69 anos, o empresário calçadista Roberto Argenta já foi vereador e prefeito de Igrejinha, no Vale do Sinos, e deputado federal na legislatura 1999-2003, então pelo PFL (mais tarde DEM e atual União Brasil). Entre 2004 e 2006, presidiu a Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs). No ano passado, tentou viabilizar a candidatura pelo MDB, mas acabou migrando para o PSC. Em convenção realizada no Teatro Dante Barone, lotado por militantes e dirigentes partidários, na última quarta-feira (20), Argenta foi o primeiro postulante ao Piratini a ter a sua candidatura homologada. As vagas de vice e de candidato a senador seguem em aberto.
Carlos Messalla (PCB)
Trabalhador dos Correios, Carlos Messalla Lima da Rosa foi oficializado como candidato a governador pelo PCB. Ele é natural de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, e tem 46 anos. Nas eleições de 2020, Messalla concorreu a vereador de Porto Alegre, mas não se elegeu. Já foi dirigente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Rio Grande do Sul e milita na corrente sindical Unidade Classista.
Edegar Pretto (PT)
Nascido em Miraguaí, no noroeste gaúcho, Edegar Pretto tem 50 anos, é formado em Gestão Pública e pai de três filhos. Filho de Adão Pretto, deputado federal falecido em 2009, Edegar está em seu terceiro mandato como deputado estadual, sendo o mais votado do PT nas três eleições das quais participou. Em 2017, foi presidente da Assembleia Legislativa. Na última eleição, fez votos em 473 municípios, e acumula a marca de mais votado da história do PT no Legislativo estadual. Edegar foi oficializado como o candidato do Partido dos Trabalhadores, com Pedro Ruas, do PSOL, que abriu mão da sua candidatura, como vice.
Eduardo Leite (PSDB)
Natural de Pelotas, no sul do RS, Eduardo Leite é formado em Direito e tem 37 anos. Filiado ao PSDB, foi governador do Estado entre 2019 e março de 2022, quando renunciou ao cargo. Um dos mais jovens governadores da história do Estado, foi o primeiro político em cargo no Executivo a se declarar homossexual. Anteriormente, de 2013 a 2017, foi prefeito de Pelotas, cidade onde havia sido eleito vereador em 2008. Em 2021, disputou prévias do PSDB para concorrer à Presidência, mas foi derrotado pelo então governador paulista, João Doria. Leite oficializou sua candidatura ao Piratini em evento realizado no Teatro da Amrigs.
Luis Carlos Heinze (PP)
O senador Luis Carlos Heinze tem 71 anos e nasceu em Candelária, no Vale do Rio Pardo. Em 2018, foi eleito senador pelo PP. Engenheiro agrônomo por formação, entrou para a vida pública em 1989 e entre 1993 e 1996 foi prefeito de São Borja. Em 1998, foi eleito para o primeiro mandato como deputado federal, sendo reeleito em 2002. Em 2014, concorrendo ao quinto mandato consecutivo, foi o deputado federal mais votado entre os gaúchos. Em 2021, atuou na CPI da Covid-19 defendendo o tratamento precoce contra o coronavírus. Em convenção partidária realizada no final de julho, o Progressistas confirmou Heinze como candidato ao Piratini.
Onyx Lorenzoni (PL)
Aos 67 anos, Onyx Lorenzoni está no quinto mandato como deputado federal. Ele é médico veterinário e foi duas vezes deputado estadual. Nascido em Porto Alegre, Onyx concorreu duas vezes à prefeitura da Capital, ficando em terceiro lugar em 2004 e em quinto em 2008. Aliado do presidente Jair Bolsonaro, foi coordenador da elaboração do plano de governo e, após a vitória em 2018, foi designado para coordenar a transição governamental. No governo federal, foi ministro em quatro pastas diferentes. Na última sexta-feira (22), o Partido Liberal (PL) do Rio Grande do Sul confirmou a candidatura de Onyx Lorenzoni ao governo do Estado. O nome do concorrente a vice na chapa não foi anunciado.
Rejane de Oliveira (PSTU)
Única mulher entre os candidatos ao Piratini até o momento, Rejane é professora aposentada da rede estadual e foi presidente do Cpers-Sindicato por duas gestões. Foi durante sua gestão que o Cpers realizou protesto na frente da residência da então governadora Yeda Crusius (PSDB), em 2009. A mobilização era contra as então chamadas "escolas de lata", salas de aula improvisadas dentro de contêineres. O PSTU formalizou a candidatura de Rejane de Oliveira ao Piratini no Auditório do Cpers, às 15h.
Ricardo Jobim (Novo)
Natural de Santa Maria, Ricardo Jobim tem 46 anos, é casado e pai de três filhos. É advogado e empresário no ramo da comunicação, além de professor universitário nas áreas de negociação, direito médico e sucessório. Foi conselheiro da OAB-RS e presidente da OAB Santa Maria. Em 2018, atuou como voluntário junto à candidatura do deputado estadual Giuseppe Riesgo e efetivou sua filiação ao Novo em 2020. Em evento realizado no último sábado (23), no hotel Quality, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, o partido apresentou chapa pura ao Palácio Piratini. Além de Ricardo Jobim, o Novo traz como candidato a vice o também advogado Rafael Dresch.
Vicente Bogo (PSB)
Nascido em Rio do Oeste, em Santa Catarina, Vicente Bogo é professor. Começou na política em Santa Rosa, no noroeste gaúcho, onde foi suplente de vereador em 1982. Já na eleição seguinte se elegeu deputado federal constituinte. Fundador do PSDB, foi ainda vice-prefeito de Santa Rosa e vice-governador do Estado na gestão de Antonio Britto (1995-1998). Na sequência, liderou entidades ligadas ao cooperativismo, tendo concorrido ao Senado em 2002. Aos 65 anos, é secretário do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul).
Vieira da Cunha (PDT)
Carlos Eduardo Vieira da Cunha é natural de Cachoeira do Sul, na Região Central, tem 62 anos, é pai de quatro filhos e atua como procurador do Ministério Público. Filiado desde 1981 ao PDT, em 1986 tomou posse como vereador pela sigla em Porto Alegre. Em 1994, elegeu-se deputado estadual para o primeiro de três mandatos. Foi presidente da Assembleia Legislativa em 2004. Em 2006, foi eleito deputado federal pela primeira vez, sendo reeleito em 2010. Em 2014, concorreu ao Piratini, mas não chegou ao segundo turno. Vieira da Cunha foi oficializado como candidato ao governo do Estado pelo PDT durante convenção realizada no Plenário Otávio Rocha.