O primeiro candidato a ter seu nome homologado pela convenção estadual para concorrer a governador do Rio Grande do Sul é Roberto Argenta (PSC). Dono da Calçados Beira Rio, o empresário diz que, se for eleito, abrirá mão do salário de governador, porque não precisa de dinheiro.
O candidato defende a venda do Palácio das Hortênsias, em Canela, como sinal de austeridade, e imagina resolver os problemas estruturais da educação mediante adoção de escolas por empresas. Com o discurso de que é preciso "cuidar bem do dinheiro público", Argenta sustentou ainda que sabe como fazer gestão porque administra "há 47 anos uma empresa de calçados".
— Desperdício zero no Estado. Eu sei que muitos não sabem, mas existe o Palácio das Hortênsias. O governador precisa de um palácio em Canela? Vamos vender e transformar isso aí em saúde, educação, segurança e geração de empregos — afirmou.
Uma das principais bandeiras de Argenta é enxugar o tamanho do governo, reduzindo o número de secretarias para 12. Entre as pastas, haveria uma específica para incentivar a irrigação no Estado e outra para desenvolver a economia da Metade Sul do Estado.
Argenta se declara simpatizante do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas não tem esperança de dividir a atenção dele com Luis Carlos Heinze (PP) e Onyx Lorenzoni (PL).
A convenção foi realizada no Teatro Dante Barone, lotado por militantes e dirigentes partidários. Recheado de discursos bolsonaristas, o ato homologou as candidaturas a deputado estadual e federal do PSC. As vagas de vice e candidato a senador seguem em aberto.
A tendência é o Solidariedade, que confirmou apoio a Argenta, indicar o vice. A favorita para vaga é a médica Sandra Weber, ex-vice-prefeita de São Gabriel e candidata ao Senado em 2018. A confirmação do vice deverá ocorrer na sexta-feira (22), quando o Solidariedade realiza a sua convenção na Câmara Municipal de Porto Alegre.
Além do Solidariedade, estiveram ao lado de Argenta dirigentes do Agir (ex-PTC).