Por si só, o confronto do Caxias diante do União Rondonópolis, neste sábado (25), às 16h, tem sua importância por ser o início de uma nova fase eliminatória da Série D e para o time seguir vivo na luta pelo acesso. No entanto, um outro fator torna essa partida ainda mais relevante, e até histórica. 574 dias depois, o Estádio Centenário voltará a receber público.
A pandemia impactou na vida de todos e no futebol não foi diferente. Desde fevereiro de 2020, o Caxias não recebe torcedores em jogos no seu estádio, mas neste final de semana o retorno está garantido. Ainda é uma volta limitada a 2,5 mil pessoas e restrita aos sócios, mas já é um alento para quem ficou tanto tempo sem o apoio do torcedor nas arquibancadas.
— Foi diferente para nós, nesse tempo, nessa situação dessa pandemia. É algo difícil falar o que acontece no Brasil e no mundo por conta da doença. Depois desse tempo todo, a gente reencontrar o torcedor vai ser ser maravilhoso. Vou frisar: que todos sigam todos os protocolos. Sem torcida não é a mesma coisa. Com certeza, a nossa vai fazer a diferença — comemorou o goleiro Marcelo Pitol, que retorna de suspensão.
O União Rondonópolis, do Mato Grosso, é o adversário e foi vice-campeão estadual em 2020. Nesta temporada, disputou a Copa do Brasil e foi eliminado pelo Coritiba. Na Quarta Divisão nacional, o time treinado por Odail Soares terminou na terceira colocação na primeira fase e passou pelo Boa Esporte no primeiro mata-mata. A folha salarial do elenco gira em torno de R$ 120 mil.
Mesmo com investimento menor do que o do Caxias, o time mato-grossense teve melhor campanha até aqui e poderá decidir a classificação no seu estádio na próxima semana.
— Não vejo nenhuma equipe favorita. Vejo duas equipes que chegaram com força e com méritos. É uma equipe que dentro do estado do Mato Grosso tem uma tradição e que também estão querendo. Eles fizeram uma campanha melhor do que a nossa. Eu vejo que serão dois jogos tão difíceis quanto foram com a Portuguesa. Temos que respeitar, mas não temer. Temos que se impor dentro de casa, agora com o retorno do torcedor — afirmou Pitol.
Contra a Portuguesa, na segunda fase, o Caxias conseguiu o resultado em casa e venceu por 1 a 0. Assim, entrou em vantagem na segunda partida. Com o mesmo placar, mas com derrota, a definição foi nos pênaltis. Diante do União Rondonópolis, o time grená precisará repetir a estratégia e abrir uma vantagem no primeiro confronto e ir com mais tranquilidade para o Mato Grosso.
Nos 16 confrontos da segunda fase, em quatro deles o time da casa venceu o primeiro jogo e somente em um não se classificou no jogo da volta. No entanto, teve situações de derrota no primeiro duelo e vitória fora, como foi o caso do Esportivo.
— Tivemos o exemplo do Esportivo. Perdeu em casa e buscou fora. Então, isso prova que a competição precisa saber ser jogada. Não se decide só num jogo. É um confronto de 180 minutos. Se conseguirmos um bom resultado, em casa, não garante que vamos classificar com uma pequena vantagem — finalizou Pitol.
