Ele surgiu no final dos anos 1950, acompanhando as várias fases do então Parque da Exposição, inaugurado para a Festa da Uva de 1954. Falamos do mirante do Parque Getúlio Vargas (dos Macaquinhos), na Rua Os Dezoito do Forte.
Endereço do extinto Belvedere Lanches por décadas, o espaço há tempos costuma ser ocupado basicamente para alongamento de quem se exercita nos arredores do parque. E carece de um “olhar mais apurado” da administração municipal — leia-se paisagismo, mobiliário urbano, segurança e uma iluminação que convide a população a voltar a ocupá-lo.
HISTÓRIA
Construído em 1958, quatro anos após a inauguração oficial do Parque Getúlio Vargas, em 1954, o mirante era originalmente dotado de uma grade côncava e sua estrutura dialogava com as duas escadarias de 253 degraus.
Conforme informações do caderno Mirante, publicação do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, de 2003, o canteiro central, ligando a Dezoito à Avenida da Vindima, recebeu flores e plantas de pequeno porte para não comprometer a visão do parque. Da plataforma, o público podia admirar a paisagem do parque em quase sua totalidade, visto que as árvores ainda eram bastante jovens e baixas (foto acima).
Na sequência, o passante era convidado a descer as escadas e passear pelas alamedas ao redor dos dois lagos. Pedalinhos, balanços, escorregadores e gangorras, além de macacos e patos, complementavam os atrativos. Tudo isso hoje sobrevive apenas na memória, mas a vista “lá de cima” segue imbatível…
A saber: o nome Parque da Exposição Presidente Getúlio Vargas surgiu em 1955, durante a primeira gestão do prefeito Hermes João Webber. Já a clássica referência “dos Macaquinhos” remete ao ano de 1958. Foi quando o engenheiro agrônomo José Zugno recebeu da Diretoria de Praças e Jardins de Porto Alegre uma doação de macaquinhos que estavam “em excesso” no pequeno zoológico do Parque da Redenção - e os trouxe para “morar” em Caxias.