A chegada do primeiro parklet, também chamado de minipraça, na Rua Dr. Montaury, em frente ao Magnabosco, chama a atenção para outro ponto ideal para esse tipo de refúgio urbano – e que há anos aguarda por um aproveitamento adequado. Trata-se do mirante do Parque dos Macaquinhos, na Rua Os Dezoito do Forte.
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O escritório de arquitetura responsável pela remodelação do complexo da Metalúrgica Abramo Eberle, vizinho ao mirante, já demonstrou interesse em adotar o espaço. A ideia seria firmar uma parceria entre as iniciativas pública e privada, transformando a plataforma, hoje vazia e pouco atrativa, em uma minipraça – com bancos, paisagismo, iluminação e novo piso, em substituição às lajotas do antigo Belvedere Lanches.
Uma iniciativa que, se avançar, contribuirá para a ressignificação e ocupação da área pelo público, na carona da transformação do Eberle em um centro comercial de serviços, escritórios e lazer.
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Registros da família Beux
Nas fotos acima, o mirante captado pelo fotógrafo Antonio Beux por volta de 1965. Na imagem vemos as primas Elenir Beux (filha de Antonio) e Maria Ester Beux Chiaradia, com o Pavilhão da Festa da Uva (atual prefeitura) ao fundo.
Abaixo, um registro da nevasca de agosto de 1965, com Antonio Beux nas escadarias do parque, tendo ao fundo o mirante e o casarão de madeira da antiga Pensão Beux.
As imagens foram gentilmente disponibilizadas por Anthony Beux Tessari, neto do fotógrafo Antonio Beux.
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O surgimento do espaço
Construído em 1958, quatro anos após a inauguração oficial do Parque Getúlio Vargas, em 1954, o mirante era originalmente dotado de uma grade côncava e sua estrutura dialogava com as duas escadarias de 253 degraus.
Conforme informações do caderno Mirante, publicação do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, de 2003, o canteiro central, ligando a Dezoito à Avenida da Vindima, recebeu flores e plantas de pequeno porte para não comprometer a visão do parque. Da plataforma, o público podia admirar a paisagem do parque em quase sua totalidade, visto que as árvores ainda eram bastante jovens e baixas.
Na sequência, o passante era convidado e descer as escadas e passear pelas alamedas ao redor dos dois lagos. Pedalinhos, balanços, escorregadores e gangorras, além de macacos e patos, complementavam os atrativos.
Tudo isso hoje sobrevive apenas na memória, mas a vista segue imbatível...
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