A gestão Vitorio Piffero no Inter ainda não acabou. Um dos responsáveis pela maior glória do clube, o título mundial de 2006, e pela maior vergonha, o rebaixamento à Série B, o dirigente tem sua última administração (2015-2016) sob investigação do Ministério Público (MP) e da Comissão Especial de Apuração do Conselho Deliberativo.
Um dos aspectos que mais levantam suspeitas na investigação sobre os recursos sacados por adiantamentos pela gestão Vitorio Piffero diz respeito a obras no Complexo Beira-Rio. Um total de R$ 9.915.160 teria saído dos cofres do clube para pagar quatro empresas por construções que as auditorias contratadas pelo Conselho Fiscal e pela atual gestão simplesmente não encontraram.
Veja seis motivos para as suspeitas sobre a contratação das empresas:
1) Dinheiro sem contratos
As empresas receberam do Inter R$ 9,9 milhões sem contratos de serviços e obras assinados. Parte do dinheiro foi sacada na boca do caixa.
2) Onde estão as obras?
As consultorias não identificaram as obras que teriam sido realizadas no complexo Beira-Rio. A EY afirmou: “Não encontramos contrato de prestação de serviço, não encontramos nenhuma evidência que o serviço foi realizado”;
3) Beneficiadas interligadas
As quatro beneficiadas com o dinheiro do Inter são ou foram clientes do escritório de contabilidade Análise, cujo telefone de contato consta nos registros de todas na Junta e na Receita;
4) Forma de pagamento
Parte dos valores foi recebida em espécie;
5) Notas fiscais
Na prestação de contas, uma empresa forneceu notas sequenciais ao Inter;
6) Concorrência
A Baker Tilly do Brasil identificou, em 2015, 10 obras contratadas via cartas-convite. Tanto as empresas vencedoras das concorrências quanto as derrotadas faziam parte do mesmo grupo das quatro empreiteiras sob suspeita e eram clientes do escritório de contabilidade Análise.
Nenhum relatório apontou superfaturamento ou fraudes
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Não houve desvio de recursos
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