O Grêmio anunciou no final da tarde desta sexta-feira (27) que os jogadores entrarão em férias coletivas a partir da próxima quarta (1º) até o dia 21 de abril. De acordo com o comunicado, os atletas também aceitaram uma redução salarial durante o período de paralisação no calendário do futebol.
"Considerando o cenário de pandemia relacionada à covid-19, as recomendações das autoridades governamentais e sanitárias e a suspensão temporária de competições, o clube comunica que concederá férias aos atletas, comissão técnica e demais profissionais vinculados aos departamentos de futebol profissional e transição", informou o clube.
O clube não revelou o percentual da redução salarial dos jogadores. No começo da semana, a Comissão Nacional de Clubes (CNC) formalizou uma proposta para a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) de redução de 25% nos salários dos jogadores, além de 20 dias de férias antecipadas. Sem acordo entre as entidades, cada clube passou a negociar diretamente com seus elencos.
Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, na noite dessa quinta-feira (26), o atacante gremista Diego Souza se mostrou aberto a aceitar uma redução do seu salário em razão das prejuízos causados aos clubes pela pandemia do coronavírus.
— A gente entende o que o clube vai passar. Todo mundo trabalha e tem seus direitos, mas penso que o clube conversando se resolve — afirmou o jogador.
Com as competições paralisadas e ainda sem data de retorno definidas, o presidente Romildo Bolzan Jr. projeta que o Grêmio terá um prejuízo de R$ 25 milhões em receitas.
— Achamos que deixaremos de arrecadar R$ 25 milhões. Estamos ajustando o fluxo agora. Depois será feita a readequação orçamentária, através de repactuação de tudo. Tomaremos medidas para não perder nosso ajuste — disse o presidente gremista, que se recupera da covid-19, em conversa com a reportagem de Gaúcha ZH.