Centroavante do Grêmio, Diego Souza se mostrou aberto a aceitar uma redução salarial no momento que os times brasileiros iniciam negociação com os jogadores motivada pela perda de receitas causada pela paralisação no futebol. Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, na noite desta quinta-feira (26), o atleta disse entender as dificuldades enfrentadas pelos clubes em razão da pandemia do coronavírus.
— A gente entende o que o clube vai passar. Todo mundo trabalha e tem seus direitos, mas penso que o clube conversando se resolve. Cada caso é um caso. Felizmente, eu tenho uma carreira mais perto do final e consegui juntar meus recursos, consigo ter um pouco mais de tranquilidade. A gente tem de pensar no todo, no grupo. Alguns não têm condições de perder tanto por seus compromissos, mas será resolvido da melhor maneira possível — afirmou.
Artilheiro gremista na temporada, com cinco gols, Diego Souza disse confiar que o Grêmio não terá um prejuízo técnico grande com a parada. Ele citou o conhecimento que Renato Portaluppi tem do elenco como um fator que levará o Tricolor a voltar logo ao ritmo ideal.
— Sou muito tranquilo quanto ao nosso time porque já joga junto há muito tempo. Não haverá dificuldade em uma readaptação rápida, em conseguir apresentar um futebol coletivo. Independente da parada, o nosso treinador conhece bem o grupo. Olho para meus companheiros e vejo um grupo forte. Quando você tem um time qualificado, as coisas acontecem da melhor maneira possível — avaliou.
Treinos e filhos em casa
Diego Souza contou como tem feito para manter a forma física no período de quarentena. O jogador brincou dizendo que um desafio maior que treinar em casa tem sido aguentar brincar com os filhos, que tiveram as aulas suspensas:
— Eu não estou acostumado a ficar com a família pelas viagens e jogos. Agora estou ajudando na refeição, no dia a dia dos meus filhos, que estão estudando online. Tenho jogado videogame com eles, brincado. A gente tem feito coisa para não deixar a rotina ser estressante. As crianças pulam que nem pipoca. Se você não entrar na “vibe” deles, acaba enlouquecendo.