Que Néstor Pitana é uma referência na arbitragem, isto não é novidade. O argentino esteve em campo na final da Copa do Mundo do ano passado, na partida entre França e Croácia, que garantiu os franceses campeões mundiais. Prova de que ele é mais do que qualificado para o duelo decisivo entre Grêmio e Universidad Católica na Arena nesta quarta (8), às 19h15min. No entanto, ele também ostenta uma bagagem maior ainda quando se envolve gaúchos e chilenos na Taça Libertadores da América: ele apitou este mesmo confronto em Porto Alegre há oito anos.
O Grêmio foi eliminado pela Universidad Católica na Libertadores de 2011. Na época, o Tricolor perdeu os dois jogos para o time de Juan Antônio Pizzi — que tinha Lucas Pratto como principal figura — e acabou eliminado na fase de oitavas de final. No jogo de ida, no Olímpico, o árbitro também era Pitana. De acordo com Héctor "Tito" Garrido, narrador da rádio ADN, os torcedores tratam de se apegar até neste pequeno laço de superstição para o duelo atual.
— O time de 2011 era um grande time. O time de Juan Antônio Pizzi ganhou no Olímpico por 2 a 1 com dois gols do Lucas Pratto e na volta, com gol de. Daquele jogo, fica uma curiosidade quase anedótica que pode dar esperança para a Católica: naquele jogo, o árbitro era Néstor Pitana, o mesmo de hoje na Arena (risos) — recordou.
Assim como os atletas destacaram após o treino fechado da última terça-feira (7) no CT Parque Gigante, Garrido também rememorou a derrota gremista para o Fluminense de virada por 5 a 4. De acordo com ele, todos os chilenos acompanharam a partida do Brasileirão e também destacam alguns pontos deste jogo para que vire exemplo para o time de Gustavo Quinteros.
— O Grêmio não é indestrutível e o Fluminense mostrou claramente que é um time com deficiências e que pode perder no seu estádio. Animicamente, o time está muito pressionado. Eles não podem perder dois jogos seguidos em casa. O Renato Portaluppi ficaria pressionado. Esta pressão pode favorecer a Católica — destacou o narrador.