Perguntado, depois da goleada por 3 a 0 sobre o Barcelona-EQU, sobre quem poderá impedir a classificação do Grêmio para a decisão da Libertadores, Renato Portaluppi fez uma frase que resume qual será o espírito até o jogo de volta, dia 1º de novembro, na Arena.
– O Grêmio. Já falei com o grupo no vestiário. Não estamos classificados. Conseguimos boa vantagem, mas não estamos na final da Libertadores – disse o técnico, ao mesmo tempo em que recordou o fato de o adversário ter eliminado o Santos, na Vila Belmiro, na fase anterior. – O Barcelona já deu provas de quanto é eficiente na Libertadores. Continua tendo o nosso respeito.
Enquanto Renato falava, dezenas de torcedores mandavam mensagens à Rádio Gaúcha, via WhatsApp, perguntando sobre o horário em que a delegação irá desembarcar de volta do Equador. A festa que é programada para o aeroporto, às 12h, contrasta com a seriedade com que o jogo de volta é encarado.
– A soberba é inimiga da classificação – resumiu o diretor de futebol Odorico Roman.
Renato foi além. Outra vez indagado sobre uma eventual falta de mobilização para o segundo jogo, disse que sua estratégia será ressaltar que se trata de uma decisão em 180 minutos:
– Sou o psicólogo deles. Sempre foi assim, o ano todo.
Todo o planejamento para o jogo foi traçado em apenas um treinamento. Ele ocorreu na manhã de domingo, quando Renato comandou uma atividade no CT Luiz Carvalho, horas antes da partida contra o Fluminense. Também naquele momento ficou definido que Jailson, em melhor condição física do que Michel, iniciaria a partida. Renato entendeu que seria arriscado começar a decisão com dois jogadores que vinham de lesão – além do volante, Luan estava nessa condição.
– Treinamos bastante. Taticamente a equipe esteve muito bem. Não adianta jogar só com bola nos pés. Todos deram sua parcela, sem da espaço ao adversário. Valorizamos a posse de bola – destacou o treinador.
Nome do jogo, Luan segue ainda sem acerto para a renovação de seu contrato. Convencido de que o acerto irá ocorrer, o presidente Romildo Bolzan Júnior garantiu que o clube já chegou ao seu limite em termos de oferta. O jogador, que concorda com o salário de R$ 600 mil, quer o pagamento retroativo a janeiro. E insiste, também, na redução da multa rescisória de 25 milhões de euros para 20 milhões.