A Americanas contratou Cristiano Zanin, advogado que defendeu o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nos processos relacionados à Operação Lava-Jato, e que é cotado para o Supremo Tribunal Federal (STF). A empresa contratou Zanin para defendê-la no processo que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ), no qual o banco BTG Pactual briga para seguir retendo R$ 1,2 bilhão do caixa da varejista.
Esse foi o golpe mais duro que a Americanas sofreu em seu caixa desde o início da sua crise financeira, quando a empresa comunicou "inconsistências contábeis" que posteriormente se revelaram dívidas próximas a R$ 43 bilhões.
Além do BTG, outros bancos ingressaram com pedidos para bloquear recursos da empresa, que teve de pedir recuperação judicial para tentar evitar a falência. Após bloqueios judiciais e cancelamento de adiantamentos, a varejista ficou com o caixa quase vazio.
A Americanas tem estimativa de quatro meses de estoque sem o aporte dos acionistas de referência — Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. Em 19 de janeiro deste ano, a companhia entrou com pedido de recuperação judicial, que foi aceito no mesmo dia pela Justiça do Rio de Janeiro.
Nos próximos meses, a empresa deverá apresentar um detalhado plano de recuperação financeira para dar prosseguimento ao processo de recuperação judicial e não ter a sua falência decretada.