Há alguns dias, começou a se especular a busca por um zagueiro pelo Inter. O nome mais falado foi do uruguaio Emiliano Velásquez, que está no Rayo Vallecano, da segunda divisão espanhola. Independentemente de quem seja o especulado, está claro um diagnóstico absolutamente correto do clube. Reforçar o setor defensivo é uma urgência no Beira-Rio. Desde o final do ano passado, há uma defasagem inclusive numérica na zaga colorada.
Neste início de temporada, só Victor Cuesta é indiscutível e absoluto entre os zagueiros do Inter. Embora a admiração de Miguel Ángel Ramírez, que reproduz o pensamento de Eduardo Coudet, Zé Gabriel nitidamente é um defensor inacabado. Se tem virtudes para a saída de jogo, o que não é consenso, o jovem ainda apresenta carências de fundamentos defensivos, algo que foi alertado por Abel Braga durante o Brasileirão. Da mesma forma, a opção imediata para o setor, Lucas Ribeiro, tem se mostrado apenas regular e não parece agradar tanto ao treinador exatamente pela falta de qualificação mais apurada para iniciar jogadas.
Outro suplente colorado é Pedro Henrique, considerado um jogador de grande futuro, mas de presente ainda a ser trabalhado. Não se deve contar como alternativas imediatas os outros jovens que até já atuaram no Gauchão, como Tiago Barbosa e João Félix, bem como o mais experiente Rodrigo Moledo, que não tem previsão exata para voltar a jogar, algo que só acontecerá no segundo semestre. Por mais que o esquema proposto por Ramírez crie uma nova figura defensiva com a presença de um volante próximo dos zagueiros, falta peso na área do Inter, seja no time titular ou até no banco.
Mais uma vez, como aconteceu no ano passado, Victor Cuesta não tem reserva. Sua ausência é um drama cada vez que acontece. Se não for possível buscar alguém do mesmo nível do argentino, o que é muito complicado, visto que a crise de bons e afirmados zagueiros parece ser mundial, a diretoria necessita urgentemente de soluções externas que minimizem a ameaça para um elenco que tem fartura no setor ofensivo. É bem provável e necessário que antes da estreia na Libertadores haja novidade.