Encerrado no domingo (1º), o 18º Fantaspoa (Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre) anunciou na manhã desta segunda (2) os filmes premiados. 

Conforme antecipado aqui na coluna, destacaram-se títulos como A Tristeza (Taiwan), o mais violento do ano, o intenso e inesperado Soul of a Beast (Suíça) e Rasgue e Jogue Fora (Rússia), que sofrera boicote cultural na Europa por causa da guerra na Ucrânia. Uma pena que Neptune Frost (Ruanda/EUA) não tenha sensibilizado os jurados (veja abaixo todos os vencedores).

Pela primeira vez em formato híbrido, o Fantaspoa exibiu um total de 188 longas e curtas durante 18 dias em cinco endereços da Capital: Cinemateca Capitólio, Cine Grand Café, Farol Santander, Instituto Ling e Sala Eduardo Hirtz. Foram mais de 11 mil espectadores, e houve o recorde de 235 mil visualizações na etapa online, disponibilizada na plataforma Darkflix. 

Houve também mais de 40 debates presenciais com cineastas, cinco sessões musicadas, 10 sessões em escolas públicas e seis palestras gratuitas ministradas por profissionais da indústria cinematográfica. 

Agora, resta torcer para que um dia os filmes premiados sejam lançados comercialmente no Brasil, seja no cinema ou no streaming. O histórico mostra que isso é raro.  Dos mais de cem apresentados nas edições de 2020 e 2021 do festival, dá para contar nos dedos (Aviva, A Cabeleireira, História do Oculto, Zana) os que estão disponíveis.  

Mostra Competitiva de Curtas-metragens — Prêmio da Crítica ACCIRS (Associação de Críticos de Cinema do RS, tendo como jurados André Kleinert, Bruna Haas Pacheco e Maurício Vassali)

• Melhor curta nacional: A Máquina Infernal, de Francis Vogner dos Reis
• Melhor curta internacional: Tundra, de José Luis Aparicio
• Melhor curta internacional de animação: Bestia, de Hugo Covarrubias

Mostra Competitiva Nacional (jurados: Florencia Franco, Nicanor Loreti e Jimena Monteoliva)

• Melhor filme: Jesus Kid, de Aly Muritiba, e Sujeito Oculto, de Léo Falcão
• Menção honrosa: A Cidade dos Abismos, de Priscyla Bettim e Renato Coelho, por sua originalidade estética

Mostra Competitiva de Animação (jurados: Nancy Denney-Phelps, Igor Legarreta e Pedro Rivero)

• Melhor filme: Bob Cuspe: Nós Não Gostamos de Gente, de Cesar Cabral

Mostra Mondo Bizarro (jurados: Kapel Furman, Rodrigo Ramos e Dane Taranha)

• Melhor filme: Quanto Mais Mal-Passado Melhor, de Fabrice Eboué

Mostra Competitiva Ibero-Americana (jurados: Carlos Ferreira, Kirill Sokolov e JJ Weber)

• Melhor atriz: Haydeé Cáceres (O Coração da Lua)
• Melhor ator: Demián Salomón (Bem-vindos ao Inferno e Ponto Vermelho)
• Melhor roteiro: Fabián Forte (Legions)
• Melhor direção: Chema García Ibarra (Espírito Sagrado)
• Melhor filme: E Todos Arderão, de David Hebrero

Mostra Competitiva Internacional (jurados: Diego Faraone, Matheus Marchetti, Fernando Sanches)

MENÇÕES HONROSAS

• Melhor atriz revelação: Sofia Krugova, de Rasgue e Jogue Fora
• Melhor banho de sangue (e merda): Puta Merda!
• Melhor direção de elenco (coletivo): Vincent Grashaw, por O Que Josiah Viu

PRÊMIOS OFICIAIS

• Melhores efeitos especiais: Victor Chang (A Tristeza)
• Melhor direção de arte: Stefan Lernous (Hotel Poseidon)
• Melhor roteiro: Lorenz Merz (Soul of a Beast)
• Melhor ator: George Webster (Deus Está te Acariciando)
• Melhor atriz: Christina Ricci (Monstruoso)
• Melhor direção: Kirill Sokolov (Rasgue e Jogue Fora)
• Melhor filme: A Tristeza, de Rob Jabbaz