Uma das mais novas plataformas de streaming no Brasil, a Reserva Imovision lançou em julho uma coleção intitulada Visões Originais sobre o Racismo para Ampliar a sua.
Seis filmes fazem parte do pacote, incluindo os premiados documentários Eu Não Sou seu Negro, Black Power Mixtape e Libertem Angela Davis (leia mais sobre cada título logo abaixo).
Especializada em obras exibidas nos principais festivais do mundo, como Berlim, Cannes e Veneza, a Reserva Imovision é acessada neste link. Você pode assinar ou alugar (durante 72 horas). A assinatura mensal custa R$ 24,50, e há um preço promocional para o pacote anual: R$ 211,68 (os valores podem variar de acordo com o sistema operacional).
Mama África (2011)
Irmão do cineasta Aki Kaurismäki (de O Homem Sem Passado), Mika Kaurismäki assina este documentário sobre a cantora sul-africana Miriam Makeba.
Conhecida pelo hit dos anos 1960 Pata Pata (que em 1997 ganhou uma homenagem em versão da brasileira Daúde), Miriam (1932-2008) foi uma ferrenha ativista contra o apartheid. Entre 1968 e 1978, esteve casada com Stokely Carmichael, primeiro-ministro honorário dos Panteras Negras e um dos líderes do movimento black power. Makeba precisou viver no exílio por mais de 30 anos ao ter seu passaporte cancelado pelo regime racista da África do Sul, para onde só voltou após a libertação de Nelson Mandela, em 1990.
Black Power Mixtape (2011)
Durante três décadas, ficaram perdidas nos arquivos da Televisão Nacional da Suécia imagens feitas entre 1967 e 1975 por jornalistas locais de líderes do movimento negro, ativistas e artistas, entre eles Angela Davis, Bobby Seale e Huey P. Newton. O documentário de Göran Olsson recebeu o troféu de melhor edição no Festival de Sundance (EUA).
Libertem Angela Davis (2012)
Neste documentário de Shola Lynch, a ativista Angela Davis fala sobre sua prisão em 1970, quando foi acusada de fornecer armas para Jonathan Jackson, que manteve reféns em um tribunal na esperança de libertar seu irmão George Jackson, considerado um radical do movimento negro. A ação resultou na morte de Jonathan, do juiz e de outros dois presos. Angela fugiu e entrou na lista de mais procurados do FBI, mas acabou presa e indo a julgamento. Sua prisão gerou um movimento mundial por sua liberdade. O filme ganhou menção honrosa no Festival de Tribeca (EUA).
A Marcha (2013)
O filme de Nabil Ben Yadir é livremente baseado na Marcha pela Igualdade e Contra o Racismo, ocorrida na França em 1983. O adolescente Mohamed (Tewfik Jallab) leva um tiro da polícia, mas sobrevive. Inspirado nas ações não-violentas de Martin Luther King Jr. e Mahatma Gandhi, ele sugere uma marcha entre Marselha e Paris para pedir igualdade e o fim do racismo.
Eu Não Sou seu Negro (2016)
Com narração de Samuel L. Jackson, o documentário do haitiano Raoul Peck baseia-se no manuscrito Remember This House, de James Baldwin, em que o autor e pensador usa suas lembranças dos líderes do movimento pelos direitos civis Martin Luther King Jr., Malcolm X e Medgar Evers para falar da história do racismo nos Estados Unidos. O filme concorreu ao Oscar da categoria e venceu o prêmio do público de melhor documentário na seção Panorama do Festival de Berlim, o Bafta (do Reino Unido) e o César (da França).
Abrir a Voz (2017)
As entrevistadas conversam sobre suas vivências como mulheres da diáspora africana na França, destacando o que têm em comum, mas também deixando evidentes as diferenças de acordo com suas respectivas comunidades. A direção do documentário é de Amandine Gay.