Em coletiva de imprensa da comitiva que acompanha o presidente Lula em visita ao Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (15), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou a importância de antecipar a vacinação contra a gripe.
Com a chegada do outono, Nísia explicou que o objetivo é evitar que ocorra uma explosão de casos de dengue e influenza ao mesmo tempo, o que superlotaria unidades de saúde e hospitais.
— Isso no momento em que nós estamos é muito importante, porque uma das grandes preocupações é termos ao mesmo tempo dengue e infecções por vírus respiratórios — respondeu Nísia.
A antecipação da vacina contra a gripe é válida para as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
As doses ainda não chegaram ao Rio Grande do Sul, conforme a Secretaria Estadual da Saúde. Assim que chegarem, deve ser iniciada a vacinação.
Vacina contra a dengue
No discurso que antecedeu a coletiva de imprensa, o governador Eduardo Leite fez um apelo à ministra da Saúde para que inclua o Rio Grande do Sul na lista de Estados prioritários para o envio da vacina contra dengue.
Leite reconheceu que "não falta disposição" do governo federal para comprar os imunizantes, porque a quantidade de doses disponíveis no mercado é baixa. Mas citou o decreto de emergência assinado na última terça-feira (12) e o aumento de 1.200% no número de casos de dengue no Estado em 2024.
Questionada pela coluna, a ministra da Saúde disse que "mudanças sempre são possíveis", mas ressaltou que o envio de vacinas contra a dengue ao RS não depende de "decisão de gabinete". Nísia destacou também que a produção do laboratório Takeda é pequena.
— Essa decisão não é de gabinete ministerial, é do comitê técnico assessor do programa de imunizações. Numa segunda instância, do ministério junto ao conselhos de secretários municipais e estaduais de saúde. Mudanças sempre são possíveis, porque estamos acompanhando a evolução da epidemia, mas isso vai ser um processo e não é decisão de gabinete, tem que passar por essas instâncias.