O modelo de bandeiras coloridas assumido pelo governo do Estado para nos situar sobre os perigos dos avanços do coronavírus é referência no mundo, o que nos orgulha e nos deixa numa situação sanitária muito especial, apesar da pandemia que preocupa a todos.
Só que ele traz muitas indefinições para a volta do futebol. Primeiro, porque ele pode ser desmentido por prefeituras. Ou seja, se está amarelo ou mesmo laranja e o futebol venha a ser liberado pelo governo do Estado, ele pode ser proibido pela prefeitura.
Em Porto Alegre, até segunda-feira (9) se imaginava que seriam liberados os coletivos. Os clubes estão treinando faz seis semanas e, claro, todos queriam avançar. Mas como tivemos mais leitos ocupados, longe de ser uma situação de pânico, já não teremos coletivos e os clubes vão para a sexta semana repetindo exercícios a exaustão, mas que não conseguem repetir situações de jogo.
Já o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Luciano Hocsman, foi ao Palácio Piratini, para encaminhar o reinicio do campeonato no dia 19 de julho, propondo Porto Alegre e Caxias do Sul como as duas sedes para centralizar a competição.
Como não se sabe qual bandeira estará sendo usada naquela data, também não se pode afirmar se os jogos poderão acontecer ou terão, por exemplo, de ser transferidos para Pelotas, onde hoje tem bandeira amarela. Fica difícil projetar qualquer coisa assim.
Claro que precisamos observar os aspectos sanitários, mas alguma coisa definitiva precisa ser estudada para que os clubes possam se preparar para jogar.