Pressionado politicamente pelo avanço das queimadas, o presidente Lula determinou a seus ministros a elaboração de um pacote com novas medidas. Uma das discussões envolve a ampliação da presença das Forças Armadas na região amazônica. Os detalhes devem ser divulgados ainda nesta segunda-feira (16).
A capital do país começou a semana coberta pela fumaça provocada por incêndios no Parque Nacional de Brasília, a poucos quilômetros da residência oficial da Presidência. Lula sobrevoou a região no domingo, e passou a discutir com sua equipe a necessidade de ampliar a ação federal.
A mobilização ficará mais fácil diante da decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, que permitiu gastos fora do orçamento para atendimento da emergência climática. Lula tem sido cobrado por governadores e prefeitos nos últimos dias sobre a liberação de verba.
Na primeira agenda desta segunda, o presidente ouviu sugestões de ministros e técnicos da área ambiental. A conversa será retomada no final da tarde para a conclusão do pacote de medidas.
A coluna apurou que uma das providências imediatas será a ampliação da presença de brigadistas e de militares das Forças Armadas na Amazônia. No final de semana, a chuva amenizou a situação no Pantanal e na região Sudeste, mas o quadro ainda é crítico no Norte.
O governo está convicto de que a maioria dos incêndios tem origem em ações criminosas. A Polícia Federal (PF) abriu ao menos 52 inquéritos para investigar suspeitas em diferentes regiões.
Além das consequências para o meio ambiente, o governo está preocupado com os impactos no sistema de saúde. A Força Nacional do SUS ampliará a atuação nos estados e municípios afetados pelas queimadas.
O pacote do governo também deve incluir propostas de mudanças na legislação, para que crimes ambientais tenham punição mais severa.