Uma nova atividade econômica do Estado - a olivicultura e a produção de azeites - nasceu de uma crise. Boa parte da receita da empresa Tecnoplanta vinha da venda de mudas de eucalipto, que despencaram com problemas de derivativos (instrumentos financeiros sofisticados) das indústrias de celulose depois do estouro da bolha imobiliária em 2008. Para superar, a ideia foi buscar diversificação, oferecendo mudas de oliveira.
Mas para convencer os compradores, lembra Rafael Marchetti, era preciso provar que esse cultivo concentrado no sul da Espanha e da Itália e na Grécia seria possível no Rio Grande do Sul e que renderia bons azeites. Assim surgiu a Prosperato, em 2013.
Nesta primeira década de atuação, as 12 variedades - não só as espécies de azeitona, mas também produtos saborizados com limão siciliano, manjericão e alho, entre outros - colecionam 180 prêmios internacionais, o que autoriza a fabricante a estampar em suas caixas a frase "o azeite mais premiado do Brasil".
As primeiras mudas foram compradas em Minas Gerais e Santa Catarina em 2011 e depois replicadas na terra de origem da Tecnoplanta, Barra do Ribeiro. Em 2012, a compra de um olival já em produção em Caçapava do Sul permitiu ter a primeira safra com a marca Prosperato em 2013. Neste mês, a empresa começou a fazer sua 11ª colheita, que a coluna acompanhou.
Em um período de preocupação com perdas nesta safra, Rafael afirma que as diferentes espécies que a Prosperato cultiva, assim como a diversidade de locais, permite ter mais oportunidades de obter bons resultados em cada plantio. Atenção para a lista de variedades, das quais a coluna só conhecia três ou quatro: as espanholas arbequina, arbosana, manzanilla e picual, as italianas ascolana tenera, frantoio e coratina, a grega koroneiki e a portuguesa galega.
Segundo o CEO, no final de 2019, a Prosperato foi a primeira produtora nacional de azeite - e única até agora - a exportar seus produtos para os Estados Unidos. Foram dois clientes, a Olive Oil of the World, da Flórida, e a Grove and Vine, de Nova York.
Quer saber porque o azeite extravirgem, chamado de "ouro líquido", sai verde da linha de produção? Clique no vídeo acima.
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