A nova ameaça de Trump

A semana já começou agitada pela ameaça, pelo Twitter, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de sobretaxar exportações de aço e alumínio de Brasil e Argentina, porque os dois países estariam desvalorizando "fortemente" suas moedas — efeito causado por ele mesmo. O tuíte não foi seguido de medidas oficiais, mas a preocupação rendeu até conversas na cúpula do Mercosul. Para o alumínio nacional, nada mudaria, porque o segmento não quis trocar a tarifa extra de 10% imposta no ano passado por cotas, como fizeram as siderúrgicas.
PIB avança, mas com ruído

Com resultado acima da média das expectativas, o avanço de 0,6% no terceiro trimestre acumulou alta de 1% de janeiro a setembro e provocou revisão de expectativas para o ano e para 2020. Ainda é possível crescer mais em 2018 do que no ano anterior. No entanto, um erro ainda não totalmente esclarecido no registro de exportações deverá antecipar para 4 de março a revisão do dado, conforme o IBGE. Como a conta considerou vendas menores ao Exterior, o número deve crescer.
O que será o amanhã?

As entidades empresariais do Estado começaram a projetar como será 2020. Para a Fiergs, que representa a indústria de transformação, setor com menor reação na atividade neste ano, o PIB deve crescer 2%. Para a Fecomécio, que representa comércio e serviços, com avanços moderados, a alta pode chegar a 2,4%. Cenário de desaceleração global e efeito cambial e "carnívoro" sobre inflação no médio prazo são riscos no radar.
Cúpula do Mercosul tem vale de decisões

Anfitrião de um encontro esvaziado pela troca iminente de dois presidentes de países do Mercosul, Jair Bolsonaro leu um discurso correto, embora tenha escorregado em uma piada sem nenhuma graça. Em um momento de crise no bloco, os anúncios se restringiram a protocolos e a aumento de limites de compras no Exterior aos cidadãos dos quatro países – está em estudo uma medida parecida para os países, mas ainda não avançou.