Embora ainda com queda de 63,5% no lucro líquido no terceiro trimestre de 2019 na comparação com o mesmo período de 2018, a Gerdau relatou ter obtido entre julho e setembro o segundo melhor resultado trimestral de sua história em fluxo de caixa livre, que subiu para R$ 1,9 bilhão, vindo de R$ 405 milhões na mesma base de comparação, ou seja, com igual período do ano passado. O resultado na última linha encolheu de R$ 791 milhões, há um ano, para R$ 289,3 milhões.
A companhia siderúrgica de origem gaúcha ainda confirmou investimentos de R$ 7,2 bilhões entre 2019 e 2021, mas reduziu o total previsto para este ano em cerca de R$ 400 milhões. Assim, até dezembro a Gerdau terá investido R$ 2 bilhões, enquanto projeta R$ 2,6 bilhões para o próximo ano e a mesma quantia para 2021.
Conforme o diretor-presidente da Gerdau, Gustavo Werneck, no terceiro trimestre de 2019 a companhia reduziu exportações devido à queda de preços no mercado global de aço, mas começa a ver sinais de recuperação no segmento de construção civil no Brasil. Além dos resultados trimestrais, Werneck anunciou ainda que o grupo siderúrgico aderiu, em agosto passado, ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), que é caracterizado pela busca dos chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS):
– Um dos nossos propósitos é buscar equilíbrio entre os resultados financeiros com uma contribuição para a sociedade. Foi mais uma decisão interna de evoluir no tema do que problema de imagem que tenhamos por ser empresa brasileira.
Harley Scardoelli, diretor financeiro e de relações com o mercado, detalhou que a demanda de acionistas internacionais por iniciativas sustentáveis é crescente:
– Cada vez mais, investidores cobram posição das empresas sobre o tema e como temos grande reciclagem de sucata, temos uma boa história para contar. Ao tomar essa iniciativa, estamos atendendo aos interesses dos acionistas.