O vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, conversou com a coluna na manhã desta quarta-feira (17) a respeito da ação da Polícia Federal em Cristal, na zona sul do Estado, que resultou na morte de duas mulheres, um homem baleado e uma criança gravemente ferida. O menino baleado, de quatro anos, estava em um dos veículos que tentou furar o bloqueio montado pela PF na estrada que liga o município a Amaral Ferrador.
— É uma ação plenamente justificável, mas claro que nós jamais gostaríamos de ter, no desfecho dela, o resultado de uma criança ferida. A investigação policial prévia apontou a informação de que os criminosos (que haviam atacado uma agência bancária, em Dom Feliciano, em 6 de julho) seriam resgatados no dia de ontem e não se imaginava a possibilidade de que fariam um resgate de outros criminosos com crianças junto. Em uma avaliação geral, pode-se dizer que é uma ação legítima dentro de uma investigação, contra uma quadrilha organizada e muito bem armada — o que demonstra a periculosidade dessa quadrilha. Mas é claro que não queríamos que uma criança acabasse sendo vítima — avaliou Ranolfo à coluna.
Em nota divulgada nesta quarta-feira (17), a Polícia Federal informou que agentes do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) montaram barreiras no local após receberem informações sobre um grupo que tentaria resgatar criminosos que atacaram um banco em Dom Feliciano, no dia 6 de julho, e estariam escondidos na mata. Dois carros, que fariam parte do esquema, tentaram furar os bloqueios e houve troca de tiros.
O superintendente da Polícia Federal (PF) no Rio Grande do Sul, Alexandre Isbarrola, também comentou a ação da corporação, em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
— Jamais se imagina que pessoas que fariam resgate de criminosos vão estar com crianças no carro. E à noite, é impossível discernir essas questões, ainda mais havendo confronto — afirmou, em entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta quarta-feira (17).