Voltei. Vinte e sete anos depois, retornei ao Planeta Atlântida, que, mais uma vez, provou ser o maior festival de música do sul do Brasil - isso que ainda nem terminou. Foi lindo. E, como todo "planetário" que se preze, quero mais.
É até difícil definir o melhor da primeira noite da festa, realizada há 28 anos na Sociedade Amigos Balneário Atlântida (Saba), em Xangri-lá. A sexta-feira (2) já começou bem com a energia da família Fagundes, com o seu emblemático Canto Alegretense. Ouvir a multidão entoando a letra junto, em coro, foi de arrepiar. Gaúcho é assim mesmo, né? Eu também cantei e me emocionei.
Depois, foi hit em cima de hit. Amei Vitor Kley, naquele entardecer mágico, com o sol brilhando como nunca no horizonte, fazendo o povo dançar e cantar na boa, de boa. É um artista nosso, humilde e gigante ao mesmo tempo, que faz o palco parecer a casa, que abraça com a voz e as mensagens que traz. Ao final, Vitor fez questão de agradecer a todos, inclusive aos faxineiros. Como não amar?
Menos é Mais, muito mais. Os artistas de Brasília, como descreveu a repórter Camila Bengo, provaram que o Rio Grande do Sul também é terra de pagodeiro. E eu vou confessar para vocês: me acabei dançando. Mesmo.
A gurizada do NX Zero entregou tudo e mais um pouco. Di Ferrero e os companheiros elevaram a potência do Planeta. Foi um show desses de "levantar defunto". Forte e intenso, na voz rasgada e nas guitarra pesadas, um reecontro com os fãs, depois de 11 anos, e com a própria história da banda. Bonito de ver.
A sequência, você já sabe, teve muita coisa legal, mas vou ainda destacar um cara chamado Alok. Não é à toa que se tornou um dos DJs mais disputados mundo afora, com apresentações em grandes festivais internacionais. Alok não é só um DJ. Ele é mais do que isso: é um showman que aprendeu a explorar como poucos as potencialidades da tecnologia nas suas performances, com um show cheio de efeitos especiais.
Amei a surpresa dos drones: Alok levou para a Saba um exército deles, que voaram sobre a multidão em uma dança sincronizada. Os equipamentos aéreos formaram imagens e frases no céu estrelado, entre elas "Bah! Tchê!" e "Ah, eu sou gaúcho". O público veio abaixo. Alok mandou muito bem.
E sabe do que mais? Ainda tem outra noite inteirinha de festa. Neste sábado (3), estarei lá de novo. Prometo não levar tanto tempo para voltar outra vez. Se puder, apareça. Não vai se arrepender.