Tantos celulares foram erguidos quando o nome de Alok foi anunciado no Planeta Atlântida 2024, que os mais baixinhos podem ter tido dificuldade de enxergar a entrada do DJ no palco principal do festival. Ele foi saudado na Saba com gritos e fogos de artifício, por volta das 23h desta sexta-feira (2).
Na primeira interação com o público, o DJ perguntou se havia alguém cansado na plateia. A resposta não podia ser outra: "Nãooooooooooo!". O público estava disposto a gastar os joelhos pulando no show do mais prestigiado DJ da cena brasileira.
— Esta noite, eu vim para bagunçar! — disse ele, obtendo como resposta mais um coro de gritos.
Teve de tudo no show do artista. De início, Alok já emendou sucessos de Rihanna, conquistando os planetários mais ligados ao pop. Mas era só o começo, e todos acabariam encantados pelo DJ, que comanda a mesa de som tal qual um mágico.
Com Fuego, dele com Bhaskar, o setor do camarote tremeu. Não havia quem não pulasse — e o show recém batia os 15 minutos de duração. Os joelhos sentiram que, realmente, iriam trabalhar.
Os celulares voltaram ao alto quando leds verdes tomaram conta de toda a Saba. O DJ, que é conhecido por shows recheados de efeitos visuais, não economizou no aparato de luzes e pirotecnia no Planeta Atlântida. E todo mundo queria registrar o momento, mas muitos outros também seriam marcantes.
Na sequência, Alok recebeu no palco Zeeba, levando o público ao êxtase. Os dois interpretaram Hear me Now, sucesso deles com Bruno Martini. Zeeba ainda cantou Ocean, outra parceria com Alok.
Os artistas seguiram na dobradinha e convocaram o público a levantar as mãos para Never Let me Go, que marcou a despedida de Zeeba. Os planetários não só atenderam ao pedido, como seguiram pulando sem parar.
Dada a cooperação do público, Alok pediu, então, para que todos acendessem a lanterna do celular. Com movimentos ordenados por ele, que dizia quando os planetários deveriam erguer os aparelhos, a Saba se iluminou por inteiro. No chão e no céu, pois, na sequência, um exército de drones começaram a formar imagens e frases no ar. Foram várias, incluindo algumas declarações de amor ao público, mas nenhuma bateu o "Ah, eu sou gaúcho!" escrito no céu pelos drones de Alok logo depois de um "Bah! Tchê".
No momento em que o público iniciou o gritedo por conta da frase, um verdadeiro clássico dos shows no Rio Grande do Sul, uma garoa fina começou a cair. Ninguém se importou. A gauchada não é de se mixar pra chuvica, afinal.
Avisando que o show estava próximo do fim, Alok emocionou os planetários com um remix de We Are the Champions, do Queen. Mas ainda deu para pular mais um pouquinho até a música derradeira. Ao fim da have promovida pelo DJ, provavelmente a resposta sobre cansaço já havia mudado: é impossível não cansar em um show de Alok. E que bom.