Vinte e um anos depois, o viaduto Otávio Rocha - localizado na Avenida Borges de Medeiros - será revitalizado. A Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (Smap) lançou a licitação que prevê a restauração da estrutura de 270 metros de extensão.
As empresas interessadas serão conhecidas em 5 de maio. Vencerá a disputa quem se propor a fazer a obra por um valor menor do que R$ 13,7 milhões.
- Esta licitação é mais um passo rumo à revitalização do Centro Histórico, um dos projetos prioritários da gestão. Além disso, o Viaduto Otávio Rocha é um local muito significativo para todos porto alegrenses -, afirma o secretário municipal de Administração e Patrimônio de Porto Alegre, André Barbosa.
Serão realizados serviços de restauração, recuperação, correção e conservação da estrutura. O escolhido precisará realizar as intervenções propostas em um ano e meio. De acordo com a Secretaria Municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos (SMPAE), foi possível garantir a verba junto à Corporação Andina de Fomento (CAF) para revitalização da orla do Guaíba.
Um dos principais problemas do viaduto é a pichação. Em 2021, um levantamento do Gabinete de Gestão Integrada do Centro Histórico (GGI-Centro) apontou que a estrutura possuía 747 pichações. Para combater a ação de vândalos, a prefeitura está propondo aumentar a quantidade de câmeras de monitoramento. Dessa forma, a ideia é ter uma ação mais rápida da Guarda Municipal. Além disso, a intenção é criar uma campanha de conscientização sobre a importância de se conservar o espaço.
- Vai ser uma obra bem significativa. Uma obra bem aprofundada. Uma intervenção total, com repaginação total do viaduto - comemora Cezar Schirmer, que auxiliou a prefeitura a projetar as intervenções necessárias.
Além da recuperação, que envolve a substituição de todo o "cirex" - revestimento característico do viaduto –, também estão previstos processo de impermeabilização, novas instalações elétricas, iluminação publica e sistemas de segurança.
Intervenção frustrada
Em setembro, parte da parede da estrutura chegou a ganhar uma tinta cinza sobre os rabiscos. Porém, a pintura foi suspensa poucos dias depois, após um pedido de informações solicitado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS).