O prédio da prefeitura de Porto Alegre, localizado perto do Túnel da Conceição, vai vir abaixo. Antiga sede da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Smic), o imóvel está desocupado há cinco anos.
A demolição foi definida depois que uma vistoria foi realizada, em 10 de março, por engenheiros da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi). A equipe identificou que o prédio precisava ser fechado imediatamente.
Até que seja feita a demolição, a Guarda Municipal fará o patrulhamento do local. O prédio da Avenida Osvaldo Aranha foi construído há mais de 40 anos.
Sua demolição - e remoção dos entulhos - irá custar aproximadamente R$ 300 mil. Mesmo assim, a prefeitura informa que irá lucrar com a medida pois a retirada do prédio irá dar um acréscimo de R$ 600 mil ao terreno.
- A destinação mais adequada para aquele imóvel é a demolição. É um local onde há drogadição, assaltos e apresenta risco de desabamento. Além disso, o terreno sem a edificação teve um acréscimo de R$ 600 mil em sua avaliação para venda -, destaca o secretário municipal de Administração e Patrimônio, André Barbosa.
Parceria com a UFRGS
Recentemente, o prédio foi desocupado. Ele havia sido invadido por estudantes indígenas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A universidade informou à Justiça Federal que destinará um imóvel da instituição para a implementação de uma casa do estudante indígena.
O imóvel chegou a ser oferecido para a UFRGS, que demonstrou interesse em ocupá-lo com o Parque Científico e Tecnológico da UFRGS – Parque Zenit. Também funcionaria a Pró-Reitoria de Inovação e Relações Institucionais e a Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico (Sedetec) da universidade, e a sede do programa Pacto Alegre - que visa fomentar demais ações da universidade relacionadas à inovação.
A parceria duraria 30 anos. Em troca, providenciaria as obras de revitalização externa e interna do imóvel. Porém, após 12 meses, as negociações foram encerradas pela UFRGS. A prefeitura chegou a recusar outras propostas enquanto aguardava as definições da instituição.
Terreno à venda
O imóvel entrou na relação de mais de 90 bens que a prefeitura quer vender. Caberá aos vereadores decidirem se aceitam. E já há empresas interessadas no imóvel, que tem boa valorização, por causa da sua localização. O terreno está avaliado em mais de R$ 6 milhões.
O objetivo é usar os recursos arrecadados na recuperação e manutenção de outros espaços da cidade como parques, praças, Mercado Público ou ações de revitalização de zonas como o Centro Histórico.