Quatro anos já se passaram e a sede da antiga Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Smic) continua abandonada. O prédio fica localizado na Avenida Osvaldo Aranha, próximo ao túnel da Conceição.
Em janeiro de 2017, no início da gestão de Nelson Marchezan, o então secretário de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Gomes - hoje, vice-prefeito de Porto Alegre, destacava que o imóvel seria recuperado para dar melhores condições de trabalho aos servidores. Porém, neste período, o prédio só ganhou mais pichações, furtos, ocupações irregulares e depredações.
Somente em 2016, por exemplo, segundo a prefeitura, foram contabilizados nove arrombamentos em seis meses. Foram roubados aparelhos de ar-condicionado, cabos elétricos, televisores, computadores e câmeras fotográficas. O prédio também sofre com infiltrações.
Agora, na gestão de Sebastião Melo, o caso está sendo acompanhado pelo titular da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio, André Barbosa. Segundo ele, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) tem interesse no imóvel. Uma das ideias é firmar um termo de permissão de uso por tempo determinado.
"Vamos conversar nos próximos dias. Em contrapartida haveria a reforma do prédio e poderiam ser oferecidos cursos de capacitação para os servidores, bolsas de estudos, mais ou menos dentro deste espectro. O que não queremos é deixar o imóvel deteriorar-se com o passar do tempo se desvalorizando e aumentando o prejuízo para a Administração Publica", disse o secretário por meio de sua assessoria.
No dia de sua posse, o prefeito chamou a atenção para um prédio privado que estava inacabado e abandonado - o Esqueletão - e sugeriu que seus proprietários fizessem as reformas necessárias. Caso contrário, sentenciou que o imóvel "irá para o chão".
Essa declaração fez com que se voltasse a discutir o futuro do prédio abandonado ainda na década de 1950 como também fez com que outros imóveis desocupados fossem citados por ouvintes e leitores. Outro caso lembrado foi do Estádio Olímpico, que terá prorrogada a sua mais nova ocupação.