Os estudos sobre a privatização da Trensurb chegaram na metade. Desde 2020, empresas estão debruçadas nas planilhas da autarquia federal para apresentar o levantamento que irá embasar o edital que será montado.
Quando projetou a privatização, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (CPPI) identificou que o serviço oferecido pela Trensurb precisava ser qualificado. Até recentemente, não havia confirmação se este processo de desestatização iria retirar o subsídio da passagem.
Hoje, o governo federal injeta recursos que subsidiam a passagem. Sem o aporte da União, a tarifa saltaria dos atuais R$ 4,50 para R$ 6,30.
A coluna recebeu a informação que o governo bateu martelo em manter o subsídio. Dessa forma, o novo operador receberá mais garantias para administrar a linha entre Porto Alegre e Novo Hamburgo.
Procurados, tanto o Ministério de Economia, quanto o Ministério do Desenvolvimento Regional e o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) desconsideraram o pedido de informações solicitado.
Porém, o consórcio BF-TF-AL-JGP que trabalha no estudo a concessão, informa que já foi informado sobre as intenções do governo. Mas ainda não foi definido quanto será aportado.
"Temos conhecimento de que a União está analisando a realização de aporte na Trensurb a fim de fazer frente aos investimentos futuros, após o leilão, entretanto, esses valores ou percentuais não estão definidos. Porém, podemos afirmar que, caso isso ocorra, indiretamente, haverá reflexo positivo na tarifa que será praticada", informa nota enviada à coluna.
A assessoria empresarial Ernst & Young está fazendo a avaliação econômico-financeira da privatização. Já o consórcio de quatro empresas, liderado pela BF Capital, realiza o mesmo estudo e também levantamentos "jurídicos, contábeis, técnico-operacionais e outros serviços profissionais especializados".
Os trabalhos vão seguir até março de 2023. Porém, o planejamento do governo federal era ver o leilão realizado bem antes desta data: mais precisamente até junho de 2021, segundo o CPPI.