Duas empresas foram selecionadas para liderar os estudos que irão definir a privatização da Trensurb. O resultado foi homologado. Serão investidos R$ 2,59 milhões. O prazo contratual para término do levantamento é de três anos.
A assessoria empresarial Ernst & Young receberá R$ 200 mil para fazer uma avaliação econômico-financeira da privatização. O consórcio de quatro empresas, liderado pela BF Capital Assessoria em Operações Financeiras, também realizará este estudo e realizar também levantamentos "jurídicos, contábeis, técnico-operacionais e outros serviços profissionais especializados". Pelo serviço irá receber R$ 2,57 milhões.
Em setembro, um decreto assinado por Jair Bolsonaro incluiu a Trensurb no Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI) e no Programa Nacional de Desestatização (PND). Antes disso, em maio, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (CPPI) definiu uma data provável para oferecer a Trensurb para a iniciativa privada.
Na avaliação do governo, o serviço oferecido pela Trensurb precisa ser qualificado. Também precisa passar por uma expansão da "qualidade da infraestrutura pública".
A Trensurb também se prepara para trocar de diretor-presidente. O atual, David Borille irá dar lugar ao engenheiro Pedro Bisch Neto.
Borille assumiu o cargo em fevereiro de 2017. Seu antecessor, o eletricista Francisco José Soares Hörbe, ficou apenas quatro meses no cargo. Coube a Borille comandar a compra das novas escadas rolantes das estações Unisinos e São Leopoldo, e a volta dos trens acoplados, que saíram de circulação em abril de 2016 após o incêndio em uma subestação de energia em Sapucaia do Sul.
Borille também teve que lidar com o problema enfrentado com a compra dos novos trens. Os veículos precisaram ser retirados por um longo tempo até passarem por revisão e troca de peças.
Já Pedro Bisch Neto voltará a comandar a empresa pública e deve fazê-lo até a venda da companhia. O nome dele já foi apreciado pelo comitê de elegibilidade da Trensurb, mas ainda falta a avaliação do conselho de administração da empresa, que deve ocorrer na semana que vem. Bisch Neto já presidiu o órgão entre 1999 e 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso.
Um dos desafios dele até o leilão será elevar o número de passageiros transportados. A Trensurb perdeu 3,6 milhões de usuários no ano passado. A quantidade de pessoas transportadas em 2019 foi a menor registrada na última década.