Com quase seis metros de profundidade, a trincheira da Ceará está alagando. O problema, na obra da Copa de 2014, foi verificado na manhã desta sexta-feira (30), após uma falta de luz no local, e se repete pelo segundo dia consecutivo.
As três bombas e o gerador instalados na região não evitaram que uma lâmina grande de água tenha se formado na parte mais baixa da pista. De acordo com o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), esse problema foi verificado nesta semana.
A falta de energia elétrica causou a queda do disjuntor na estação de bombeamento. Os técnicos foram ao local e religaram. Agora, eles estão analisando o novo problema.
O alagamento ocorre mesmo sem dias seguidos sem chuva. Porém, essa é uma região alagadiça. O Dmae lembra que há água no subsolo.
A obra demorou sete anos para ser entregue. Uma das justificativas era exatamente o reforço que a trincheira teve para evitar os alagamentos. Cada uma das três bombas conta com um disjuntor. O gerador deve atuar exatamente no caso da falta de energia.
Tanto funcionou até aqui que, após mais de um ano da inauguração da passagem de nível, não houve relatos destes problema no local. O secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Pablo Mendes Ribeiro, informa que o problema foi causado no painel da casa de bombas.
- O que se sabe inicialmente, é que houve uma pane elétrica no painel de controle das bombas, fazendo com que o seu acionamento seja manual, sem maiores prejuízos ao trânsito da região. É importante frisar que, mesmo sem chuvas, a casa de bombas continua operando, pois recebe no seu poço de recalque as águas de infiltração da região, evitando assim, o alagamento no interior da Trincheira. - informa ele.
A trincheira da Ceará custou R$ 39,27 milhões. O valor foi R$ 10,2 milhões maior do que o previsto na licitação, que foi realizada em 2012.
Foram sete anos de construção. A ordem de início dos serviços foi dada em dezembro de 2012, mas os desvios no trânsito iniciaram-se em fevereiro de 2013. A inauguração ocorreu em março de 2020.