Uma importante construção dentro da obra de ampliação de 1,9 quilômetro da Avenida Severo Dullius está em andamento. Ela é fundamental para a conclusão dos serviços localizada na via da Zona Norte de Porto Alegre.
Está em andamento a construção do desvio provisório do canal de esgoto do Arroio Passo da Mangueira. Concluída essa etapa, será possível trabalhar no desvio definitivo da rede. Somente para realizar o desvio do canal será necessário investir R$ 4,8 milhões.
Essa parte da obra representa 15% dos serviços previstos e deve ser finalizada no início do segundo semestre. Posteriormente, ocorrerá a pavimentação dos 38 metros que faltam entre a avenida e a rua Dona Alzira.
- A execução do desvio provisório, vai possibilitar a interligação da Severo Dullius com a Dona Alzira, não prevista no contrato da obra, e que será incluída graças ao intenso trabalho de alinhamento do corpo técnico de servidores da prefeitura, que resultou no encaminhamento do aditivo 9 - informa o secretário de municipal de Obras e Infraestrutura, Pablo Mendes Ribeiro.
Junto com essa parte da obra serão construídas uma ponte, muros de contenção na Estação de Bombeamento de Água Pluviais, e terraplanagem e pavimentação do trecho restante.
Finalizadas essas etapas restará ainda a reconstrução das pontes sobre o Arroio Areia, a implantação da sinalização e da iluminação pública. Ao todo, até agora, 60% dos serviços já foram executados. Segundo a Smoi, a conclusão dos trabalhos deverá ocorrer no final de abril do ano que vem.
A obra prevista para a Copa de 2014 foi retomada em setembro de 2020, após nove meses de abandono. Neste período, 2,5 mil toneladas de lixo foram descartadas irregularmente no local. O montante é maior do que um dia inteiro de recolhimento de lixo em Porto Alegre.
A ampliação da avenida é de responsabilidade da construtora Procon. Quando pronto, o trecho será uma alternativa para se deslocar entre a BR-116 e a Avenida Assis Brasil sem precisar passar pela frente do aeroporto Salgado Filho, por exemplo.
Histórico de problema
O contrato da obra foi assinado em novembro de 2012, mas a ordem de início só foi dada em junho de 2013. A prefeitura teve que readequar o traçado em virtude de restrições ambientais, pois a via passaria sobre um aterro sanitário. A autorização para início dos trabalhos só ocorreu em setembro de 2015.
A primeira paralisação dos serviços ocorreu em fevereiro de 2017 por falta de pagamento. A ordem de reinício da construção foi dada em junho de 2019. Cinco meses depois, a obra foi novamente suspensa por falta de projetos e de pagamentos.
Em fevereiro de 2020, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) anunciou que estava cancelando o financiamento para a obra. Em julho, a prefeitura se comprometeu a retomar os trabalhos, o que ocorreu em agosto. Em outubro, o MDR garantiu a continuidade dos repasses do financiamento.