A quarta-feira (10) marcou uma nova etapa na ampliação da Avenida Severo Dullius, na zona norte de Porto Alegre. Um trecho de 350 metros começou a ganhar pavimentação.
A expectativa da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura é concluir este serviço nesta semana. Com isso, 1,5 quilômetro da extensão da avenida estará pavimentado.
Além da pavimentação, também estão ocorrendo serviços de drenagem da região do aeroporto Salgado Filho até a Avenida Sertório. Estão sendo investidos R$ 73 milhões na obra.
- Esta é uma obra de extrema importância para Porto Alegre, irá facilitar o acesso da BR-116 até a Avenida Sertório e à Avenida Assis Brasil, melhorando o fluxo do trânsito da região. Estamos priorizando e avançando para que possamos concluí-la - destacou o secretário Pablo Mendes Ribeiro, que vistoriou a obra na quarta-feira.
Restará ainda a conclusão da obra em 400 metros, em dois pontos distintos: a ligação da Severo Dullius com a Rua Dona Alzira e a conexão entre o trecho já concluído existente e o que está em execução.
Até agora 59% da obra foi concluída. A previsão da secretaria é que a obra será finalizada em agosto.
A obra prevista para a Copa de 2014 foi retomada em setembro de 2020 após nove meses de abandono. Neste período, 2,5 mil toneladas de lixo foram descartadas irregularmente no local. O montante é maior do que um dia inteiro de recolhimento de lixo em Porto Alegre.
A ampliação de 1,9 quilômetro da avenida é de responsabilidade da construtora Procon. Quando pronta, o trecho será uma alternativa para se deslocar entre a BR-116 e a Avenida Assis Brasil sem precisar passar pela frente do aeroporto Salgado Filho, por exemplo.
Histórico de problema
O contrato da obra foi assinado em novembro de 2012, mas a ordem de início só foi dada em junho de 2013. A prefeitura teve que readequar o traçado em virtude de restrições ambientais, pois a via passaria sobre um aterro sanitário. A autorização para início dos trabalhos só ocorreu em setembro de 2015.
A primeira paralisação dos serviços ocorreu em fevereiro de 2017 por falta de pagamento. A ordem de reinício da construção foi dada em junho de 2019. Cinco meses depois, a obra foi novamente suspensa por falta de projetos e de pagamentos.
Em fevereiro de 2020, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) anunciou que estava cancelando o financiamento para a obra. Em julho, a prefeitura se comprometeu a retomar os trabalhos, o que ocorreu em agosto. Em outubro, o MDR garantiu a continuidade dos repasses do financiamento.