Faz uma semana que o acordo para a retomada das obras da Arena do Grêmio foi anunciado. Foram anos de negociação e seis tentativas frustradas.
Além das melhorias previstas na região do estádio, haverá desfecho também sobre a antecipação da data prevista para o Tricolor assumir a gestão da Arena. Em outubro, o clube e a OAS assinam um novo o contrato. O atual que a exploração comercial será gerida pela OAS até 2032.
Após trocar as chaves, o Tricolor colocaria em prática uma estratégia de marketing, que estava montada desde 2019. Atualmente, a venda de camarotes e cadeiras que hoje são comercializados não reverte para o Grêmio. A intenção do clube é anunciar uma intensa campanha de captação de novos sócios. E o ex-técnico Renato Portaluppi seria usado como garoto-propaganda.
Com a decisão de quinta-feira (15), o Tricolor precisará encontrar outros ídolos para assumir essa função. O Grêmio paga hoje em torno de R$ 1,7 milhão por mês pelo o espaço destinado aos sócios do clube na Arena. A partir do término das negociações, esse valor deixa de ser pago à OAS e parte dele passa a ser destinado aos bancos envolvidos na construção do estádio.
O montante que ainda precisa ser pago é de aproximadamente R$ 200 milhões. Porém, os bancos irão cobrar R$ 113 milhões.
Desse total, R$ 53 milhões virão de um empréstimo que o Grêmio deverá tomar. Essa dívida será diluída em pagamentos mensais que ocorrerão ao longo de seis anos. Outros R$ 60 milhões virão da venda da área do estádio Olímpico. A OAS ainda receberá R$ 1,7 milhão por mês durante os seis anos posteriores a quitação do empréstimo.