Há ainda muitas pontas soltas, mas a empresa Karagounis já está traçando o cenário para a demolição do Olímpico. Uma coisa é certa: a área de 8,5 hectares do estádio, no limite entre os bairros Azenha, Medianeira e Menino Deus, não será mais implodida.
O uso de explosivos poderia acarretar impactos ambientais e, em razão disso, riscos desnecessários. O que irá ocorrer agora é a demolição por inteiro da estrutura do Estádio Olímpico. Faltam ainda algumas autorizações da prefeitura. Mas, quando tudo estiver aprovado, a Karagounis espera retomar os trabalhos no local durante o ano de 2020.
O estádio está desocupado desde dezembro de 2014, quando deixou de receber os treinos do time titular. O jogo derradeiro, porém, ocorreu em 17 de fevereiro de 2013, quando o Grêmio venceu o Veranópolis por 1 a 0, com gol de Werley.
A partir de 2021, está prevista a construção das novas habitações. Um terço da área será destinado à atividade comercial. O restante será de unidades habitacionais.
Antes de a antiga casa do Grêmio começar a ser desmontada, é preciso primeiro resolver a situação do entorno da Arena. A Karagounis encaminhou à Justiça Estadual pedido para prorrogar até outubro o prazo para que o seu conselho, formado por Caixa Econômica Federal e OAS, aprove a proposta de consenso que garantirá a retomada das obras.
Depois disso, é necessário concluir a negociação da compra da gestão da Arena. O Grêmio quer adquirir. A OAS quer vender. E os bancos credores já manifestaram interesse em ver esse acordo. Porém, é necessário que todos deem cada um o seu aval.
A Karagounis também já informou que irá comprar a parte da OAS em decorrência dessa operação que envolve a negociação com o Grêmio, o que a deixará responsável pelas tratativas. A área do Olímpico ainda pertence ao Tricolor e seguirá assim até ocorrer a troca de chaves.
Um risco a toda essa operação é a construtora OAS decretar falência. A construtora nega que esteja quebrando e tem prometido que concluirá sua recuperação judicial ainda em 2019.