Uma audiência de conciliação, realizada na quarta-feira (16), pela juíza Nadja Mara Zanella, da 10ª Vara da Fazenda Pública selou o acordo que destravará as obras do entorno da Arena do Grêmio. O encontro contou com a participação de representantes da OAS, do Ministério Público, da construtora Albizia, da prefeitura de Porto Alegre, da Arena Porto Alegrense, da construtora Karagounis, e de integrantes do Grêmio.
O pacto ainda é parcial, mas é o primeiro passo para que uma solução definitiva seja construída. Inicialmente, a Arena irá realizar uma obra de desassoreamento de uma rede coletora. Essa limpeza de rede já deverá melhorar consideravelmente o problema de alagamento da região.
"Os trabalhos deverão começar nos próximos meses e estabelece as premissas necessárias para o acordo definitivo, com obrigações a serem assumidas pela Arena Porto Alegrense e garantias prestadas pela própria empresa e pela Karagounis", informa a Procuradoria Geral do Município.
Em fevereiro, as partes envolvidas voltarão a se encontrar, quando o acordo maior deverá ser assinado. Porém, as linhas gerais desta negociação foram encaminhas. As obras necessárias precisarão ser realizadas. Antes disso, a OAS deverá apresentar garantias de indenização, caso não consiga executar os serviços. Aqui, o Grêmio poderá fazer parte, como a coluna já abordou o assunto, com exclusividade, em 27 de julho.
Somente após a apresentação das garantias, a prefeitura terá autorização para conceder o habite-se dos apartamentos que ainda não puderam ser ocupados.
Sexta tentativa
Essa foi a sexta tratativa construída desde 2012. Em novembro, o caminho, que seguia tortuoso, começou a ganhar desdobramentos de desfecho.
As cinco anteriores tiveram desfecho negativo. As obras no entorno da Arena do Grêmio vão completar, em março, seis anos paradas.
Quando forem retomadas, elas devem durar quatro anos e 10 meses. A prefeitura precisará realizar desapropriações nas áreas.
Os trabalhos começariam na rotatória entre as avenidas A.J.Renner, Padre Leopoldo Brentano e rua José Pedro Boéssio e continuariam pelo 1,8 quilômetro da A.J. Renner em direção à rua Dona Teodora, concomitante à limpeza e desassoreamento da rede coletora pluvial. Por fim, seriam feitas as melhorias na Padre Leopoldo Brentano e na José Pedro Boéssio e seriam construídas as últimas contrapartidas: uma nova estação de esgoto e um batalhão da PM. O investimento também seria escalonado, começando com R$ 1,2 milhão no primeiro ano e chegando a R$ 14,5 milhões nos últimos 10 meses.