Mais um capítulo para a longa história envolvendo as obras do entorno da Arena do Grêmio ocorreu na sexta-feira (13). Uma audiência foi conduzida pela juíza Nadja Mara Zanell, da 10ª Vara da Fazenda Pública. Estiveram presentes representantes do Ministério Público Estadual, da prefeitura de Porto Alegre, e das empresas Arena Porto Alegrense, Karagounis e Albizia.
Apesar do dia cabalístico, o encontro teve avanços e boas notícias. O pedido de segredo de justiça não prosperou. Ele havia sido solicitado ainda durante as tratativas do quinto acordo que acabou não se confirmando.
A outra boa notícia foi a confirmação da sexta tentativa de acordo, que foi noticiada pela coluna em julho. Por causa desta nova tratativa, um pedido do Ministério Público não foi apreciado.
Os promotores queriam o cumprimento da sentença de janeiro de 2019, que poderia determinar o bloqueio de R$ 118,52 milhões das contas da OAS e da Arena Porto Alegrense, além da alienação de cinco apartamentos construídos ao lado do estádio.
Uma nova audiência de conciliação foi marcada para 14 de dezembro. Nela, o Grêmio também deverá participar, o que indica que o acordo poderá ser destravado, pois o clube gaúcho ajudou a montar essa proposta mais recente.
Se confirmada, todos os entraves anteriores seriam superados. A OAS assumiria as obras que sempre foram de sua responsabilidade. O Grêmio incluiria todo o seu patrimônio como garantia, caso a construtora não cumprisse a sua parte e que não fosse possível buscar reparação através dos bens da empresa.
Sexta tentativa
Se for oficialmente apresentada, a proposta da OAS e do Grêmio será a sexta tratativa construída desde 2012. As cinco anteriores tiveram desfecho negativo. As obras no entorno da Arena do Grêmio vão completar, em março, seis anos paradas.
Quando forem retomadas, elas devem durar quatro anos e 10 meses. A prefeitura precisará realizar desapropriações nas áreas.
Os trabalhos começariam na rotatória entre as avenidas A.J.Renner, Padre Leopoldo Brentano e rua José Pedro Boéssio e continuariam pelo 1,8 quilômetro da A.J. Renner em direção à rua Dona Teodora, concomitante à limpeza e desassoreamento da rede coletora pluvial. Por fim, seriam feitas as melhorias na Padre Leopoldo Brentano e na José Pedro Boéssio e seriam construídas as últimas contrapartidas: uma nova estação de esgoto e um batalhão da PM. O investimento também seria escalonado, começando com R$ 1,2 milhão no primeiro ano e chegando a R$ 14,5 milhões nos últimos 10 meses.