Um ano e oito meses depois de ouvir não do governo federal, a direção do Grêmio ainda mantém esperança de reverter uma derrota que obteve fora dos campos. A esperança vem do próprio presidente do Tricolor, Romildo Bolzan Júnior.
O objetivo do dirigente é convencer a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre a necessidade de uma obra que irá proporcionar maior conforto aos frequentadores da Arena. Em março de 2019, o departamento informou ao Grêmio que não autorizaria a construção. Apesar disso, Bolzan garante que segue no intuito de ver a obra realizada.
- (O Grêmio) não desistiu. Mas não teve andamento ou continuidade de solução, também por falta de financiamento - destacou o presidente do clube gremista.
Por enquanto, não há uma estratégia sobre como reverter a decisão da ANTT. Mesmo assim, Bolzan mantém o interesse e a vontade de ver facilitada a saída do estádio em dia de grandes eventos.
Justificativa da ANTT
Técnicos da ANTT de Porto Alegre informaram que este acesso não é viável porque a freeway é uma rodovia chamada de classe zero, uma rodovia com ao menos pista dupla e com controle total de acesso. Os acessos até são permitidos, mas em locais previamente definidos. Somente dois acessos particulares estão previstos e executados, dando acesso para dois postos de combustíveis.
A agência também relatou que não foi consultada quando o projeto do Complexo da Arena foi planejado, pois o tráfego seria absorvido pelas vias do entorno, sem acesso direto pela freeway. Também foi descrito que este novo acesso não tem distância compatível com o Manual de Acessos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), pois fica entre o acesso da Rodovia do Parque e BR-116, com 800 metros de distância entre eles.
Pedido do Grêmio
Uma empresa chegou a desenvolver um estudo topográfico sobre a viabilidade do acesso. Se a resposta da ANTT fosse positiva, um novo estudo seria realizado com a intenção de saber quanto a obra iria custar. Não foi informado quem iria bancar a construção.
