O Relatório Mundial 2021 realizado pela Human Rights Watch, organização internacional não governamental, que é referência em pesquisas sobre direitos humanos, aponta que o presidente Jair Bolsonaro “tentou sabotar medidas de saúde para conter a propagação da pandemia da covid-19”.
Anualmente, a entidade promove uma revisão dos direitos humanos ao redor do mundo. O relatório foi divulgado na última quarta-feira (13), e ainda menciona que “o STF, o Congresso e os governadores defenderam políticas para proteger os brasileiros da doença”, contra as medidas negacionistas do presidente.
Embora o governo Bolsonaro tente se eximir das responsabilidades, as provas do fato estão postas, ou melhor, postadas, registradas e filmadas.
É importante dizer que todos aqueles que defenderam e comemoraram o fim de lockdowns são responsáveis. Todos aqueles que acataram o uso de tratamentos sem eficácia são responsáveis. Todos aqueles que negam o uso de máscaras são responsáveis. Todos aqueles que negam a vacina são responsáveis. Todos aqueles que minimizam a pandemia são responsáveis. Todos aqueles que apoiam o discurso negacionista são responsáveis.
Há muitas formas de matar: com o joelho no pescoço da vítima ou sabotando Estados até sufocá-los com a falta de oxigênio. Respirar, para pobres e negros, se tornou um desafio mortal.
Não existe tratamento precoce. O único tratamento possível é o impeachment. Bolsonaro gastou milhões num medicamento sem eficácia, pois nunca esteve preocupado com a saúde, mas encorajar brasileiros a saírem de casa, com o falso discurso de que a economia não podia parar, mas é preciso lembrá-lo de algo essencial: a economia gira com pessoas, não com cadáveres.
O governo federal havia sido alertado sobre a crise da falta de oxigênio em Manaus e nada fez. O governo falhou nas questões mais básicas porque não tem planejamento. Aliás, o plano é não ter plano. O fim do governo Bolsonaro é urgente para que o Brasil volte a respirar. A equação é simples: ou tiramos Bolsonaro do poder ou continuaremos a chorar por nossos mortos.