Saúde

Colapso no Amazonas

Pazuello admite que foi avisado sobre falta de oxigênio em Manaus em 8 de janeiro e diz que ministério tomou providências

Titular da pasta declarou que está fazendo desde então um trabalho conjunto com os governos estadual e municipal para resolver os problemas

Débora Cademartori

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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (18) que foi avisado sobre a falta iminente de oxigênio em Manaus (AM) no dia 8 de janeiro pela empresa fornecedora do gás, a White Martins. Segundo o ministro, o alto número de internações na capital amazonense fez até quintuplicar o uso do insumo pelos pacientes e que a empresa, então, “não teve pernas” para suprir a demanda.

— Esse fato, a possibilidade de faltar oxigênio, foi comunicado no dia 8 e no dia 9 eu embarquei com todos os meus secretários para Manaus e o pessoal técnico de trabalho para começarmos o trabalho de apoio imediatamente no dia 10. (…) E a partir daquele momento, que foi no dia 10, nós passamos a coordenar todos os trabalhos junto com o governo estadual e a prefeitura. Juntos. Porque não existe outra solução se não a união dos esforços dos três níveis de poder —  explicou Pazuello, em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.

Ele detalhou as ações do governo federal para atenuar os problemas enfrentados em Manaus e o colapso no sistema de saúde local.

O Governo Federal vem transferindo pacientes para diversos Estados.  No domingo, houve, a transferência de mais 27 pacientes da capital amazonense para serviços de saúde de João Pessoa (PB) e Natal (RN). A transferência faz parte do Plano de Cooperação Interestadual, executado pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, em parceria com o Governo do Amazonas. Ao todo, já foram transferidos 74 pacientes a quatro Estados, além do Distrito Federal: Paraíba, Rio Grande do Norte, Pará e Maranhão.

Pazuello informou também que toda a estrutura de saúde em Manaus está impactada, que não é só oxigênio que falta. Segundo ele, as equipes de saúde estão em seu limite, assim como hospitais. Foram capacitados e selecionados oito mil profissionais de saúde, sendo que 300 já foram contratados pelo governo estadual do Amazonas. 

Críticas à imprensa

 O general negou a lentidão do governo federal para oferecer ajuda na entrega de insumos como o oxigênio e culpou a imprensa: 

— Tudo é noticiado e apresentado diariamente. Nada disso chega desta forma a nossa população — disse. 

— Essa é a nossa guerra. A guerra contra as pessoas que estão manipulando nosso país há muitos anos — completou. 

 O ministro ainda afirmou que o governo estuda o impacto da variante da covid-19 que foi identificada em Manaus. 

—Para descobrir o grau de contaminação, se é alto ou normal. Se causa gravidade maior. Se há impacto nas vacinas que estamos projetando ao país — disse. 

Pazuello afirmou que não adianta "colocar uma redoma em Manaus", pois a variante já circula no resto do país. 

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