O apetite chinês por carne bovina ajudou a impulsionar as vendas do produto brasileiro, que teve em 2018 um resultado histórico. O volume embarcado foi de 1,64 milhão de toneladas, superando a melhor marca até então, do ano de 2014, com com 1,56 milhão de toneladas movimentadas, segundo dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Em relação a 2017, o crescimento foi de 10%.
A receita também ficou maior: os US$ 6,5 bilhões são 8% a mais do que o faturamento de 2017. A ausência da Rússia — que até novembro mantinha embargo à proteína animal brasileira — foi compensada pelo reforço nas compras por parte de países como a China. O país asiático foi destino de 43,8% da carne do Brasil. Outro destaque foi o Egito, que aumentou suas aquisições em 18%, ficando na segunda posição entre os maiores importadores.
— Os chineses aprenderam a comer carne bovina. Qualquer 200 gramas que um chinês vá consumir, em um país tão populoso, já dá um volume muito grande de exportação. O melhor seria incluirmos mais frigoríficos na lista dos chineses, mas a burocracia é muito grande — afirma Zilmar Moussalle, diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs).
A expectativa da Abrafrigo é de que o volume embarcado cresça pelo menos 5% neste ano.
Produção: Letícia Paludo