Os novos chips a serem fabricados com a reativação da estatal Ceitec (Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada), em Porto Alegre, começarão a ser comercializados em dois anos, prevê a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. Ela anunciou o investimento de R$ 220 milhões, noticiado ontem pela coluna, que será feito ao longo de três anos: R$ 95 milhões em 2024, R$ 101 milhões em 2025 e R$ 23 milhões em 2026, quando espera-se que a empresa tenha autonomia financeira.
– É uma nova rota tecnológica, para se inserir no contexto mais dinâmico do setor de semicondutores – disse a ministra no evento.
Os semicondutores serão de carbeto de silício, insumo mais moderno e procurado para a transição das indústrias de energia, para fontes renováveis, e automotiva, para carros elétricos e híbridos.
– Já temos procura e demanda de indústrias privadas, além de perspectivas de colaboração com Europa e Ásia – conta o o diretor administrativo-financeiro da Ceitec, Jorge Messias de Souza.
A Ceitec ficou parada por três anos. Seria extinta no governo Bolsonaro, mas foi reativada por Lula. Agora, há produções pontuais desde o ano passado. Para retomar a atual linha de produção, é necessário o recurso previsto em um projeto de lei que tramita no Congresso. Enquanto isso, há ainda planos para uma nova linha.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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