O jornalista Guilherme Jacques colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço.
A demanda por crédito no Rio Grande do Sul cresceu 16,27% entre janeiro e novembro de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA). Três motivos, principalmente, explicam esse aumento, segundo a entidade.
O primeiro foi a busca dos gaúchos que foram atingidos pela enchente por repor o que foi perdido e reconstruir o que foi atingido. Esse movimento de retomada econômica puxa o segundo fator apontado pelo economista-chefe da CDL, Oscar Frank. Trata-se do momento de economia aquecida pelo qual passa o Estado.
– A busca por crédito acompanha os períodos de alta e baixa da economia. E, em 2024, o PIB do Estado vai crescer mais do que a média nacional, o que deve ocorrer também em 2025 – avalia.
O terceiro é que a taxa de juros média foi menor em 2024 do que em 2023. Juros baixos deixam mais barata a tomada de crédito. Esse fator, no entanto, não deve se repetir neste ano. Com a Selic subindo a 12,25% e mais duas altas de um ponto percentual cada contratadas pelo Banco Central, não só o crédito ficará mais caro, como aumenta o risco de inadimplência:
– A alta da Selic não impacta imediatamente os índices de inadimplência. O reflexo é defasado, e esse é o grande risco em 2025.
Análise de crédito
Outra pontuação da CDL POA que corrobora com a crescente da tomada de crédito é o aprimoramento das ferramentas de análise. A entidade aponta que muitas empresas internalizaram esses processos, tornando-os mais assertivos e aumentando as taxas de aprovação.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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