Mais lojistas do Hipo Fábricas tiveram deferidos os pedidos liminares para manter os espaços funcionando no centro comercial, em Porto Alegre. A administração do empreendimento chegou a pedir o efeito suspensivo das liminares, o que foi negado no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
A Justiça havia determinado a reabertura do Hipo Fábricas no último dia 21. A decisão ainda definiu pagamento de multa de R$ 1 mil por dia, no caso de descumprimento. O centro comercial fica na Rua Dr. Flores, no Centro de Porto Alegre.
- No entanto, por represália, a direção do Hipo está retirando os manequins das vitrines, fechou os banheiros e desligou os elevadores - relata o advogado dos lojistas, Carlos Santana, do escritório Borba & Borba Advogados.
Santana alega que o contrato é de aluguel e garante o espaço até 28 de setembro. O Hipo, no entanto, argumenta que é um acordo de comodato e que o aviso para desocupação ocorreu dentro do previsto em lei. Em junho, a direção do empreendimento comunicou os lojistas de que teriam 30 dias para desocupar o espaço. O Hipo Fábrica chegou a fechar em 18 de julho.
- O contrato de locação acarreta diversas responsabilidades, como indenização e preferência no direito de compra do estabelecimento se este estiver à venda - acrescenta o advogado Carlos Santana.
Houve uma proposta do Hipo de manter-se aberto por mais 15 dias desde que os lojistas desocupassem o local, o que não foi aceito. O Hipo Fábricas existe há 23 anos e pertence à família Maisonnave. A coluna Acerto de Contas tentou diversas vezes contatos com a administração da empresa, mas não obteve retorno. Mercado fala que há uma grande rede interessada em instalar-se no prédio, mas para o negócio sair é preciso que seja desocupado.