O Congresso Técnico da CBF foi remoto, e não presencial, lá na sede da entidade na Barra da Tijuca, na Cidade Maravilhosa do Rio de Janeiro. Talvez, por isso, o convite foi extensivo não só a um dirigente por clube, mas também aos capitães, já que não incluía viagem e perda de um dia de treino. Poucos toparam. A maioria fez pouco caso.
Pedro Geromel, 38 anos, aceitou. O zagueiro, que faz 39 no dia 21 de setembro, participou do Congresso Técnico da CBF que definiu o aumento de cinco para nove no limite de estrangeiros por clube, ao lado de Luís Vagner Vivian, diretor-executivo.
Sei não, mas eu diria que o Grêmio já pensa em aproveitá-lo em algum cargo de gestão, fazendo uma ponte entre o vestiário e os gabinetes. Geromel é acima da média.
Em dez anos (uma vida no futebol de hoje) vestindo a camiseta tricolor, identificou-se com o clube e com a torcida de um jeito raro de se ver. Não duvido que troque chuteiras por gravata ali na frente, mas siga trabalhando no mesmo endereço. É minha crença de futuro para ele, inclusive. Será que estou certo?
E as lesões?
O fantasma das lesões voltou a assombrar o Grêmio. A do lateral-esquerdo Reinaldo foi ligamento, joelho, assim como as de Jonatha Robert. Fatalidades. Mas essa, do zagueiro Bruno Uvini, a demora de Carballo e seu púbis inflamado, Soteldo, as reincidências de Cuiabano, não há como deixar de ligar o alerta.
É começo de temporada ainda. Imagine lá na frente, com acúmulo de partidas e viagens na Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão. Ao todo, são oito lesões até a alvorada de março: quatro musculares, três de joelho e uma torção de tornozelo.
Escalar titulares muita vezes, sem descanso no Gauchão, pode ser uma razão. Mas como explicar Cuiabano, que nem jogou e só agora, aleluia, está voltando? Ou o próprio Bruno Uvini, que mal fardou e já sentiu de novo?
É um tema que volta e meia assombra a Arena. E com potencial para muitos sustos e dor de cabeça para o técnico Renato Portaluppi.