Autoridades da aviação civil dos Estados Unidos relataram que o movimentado aeroporto de Newark, um dos três situados na região metropolitana de Nova York, sofreu uma nova interrupção em suas comunicações na madrugada desta sexta-feira (9), com duração de cerca de 90 segundos.
Em 28 de abril, um incidente semelhante causou atrasos e cancelamentos de voos no Aeroporto Internacional Newark Liberty, no qual controladores de tráfego aéreo na vizinha Filadélfia não conseguiram se comunicar com as aeronaves.
No incidente de hoje, "houve uma falha nas telecomunicações que afetou as comunicações e as telas de radar" na mesma estação de controle de tráfego aéreo da Filadélfia que orienta aeronaves dentro e fora do espaço aéreo de Newark.
A queda de energia ocorreu por volta das 3h55 (4h55 no horário de Brasília) desta sexta-feira e "durou aproximadamente 90 segundos", informou a empresa em um breve comunicado.
Após o primeiro incidente, a FAA anunciou na quarta-feira restrições às chegadas e partidas em Newark, um dos aeroportos mais movimentados dos Estados Unidos.
O sistema de controle de tráfego aéreo dos EUA sofre com uma escassez crônica de pessoal e equipamentos obsoletos devido às deficiências de financiamento do Congresso.
Em um comunicado divulgado na quarta-feira, a FAA afirmou que tomou "medidas imediatas para melhorar a confiabilidade operacional" em Newark. Entre elas, mencionou a adição de três conexões de telecomunicações de alta velocidade entre o centro de controle e Newark, a substituição de cabos de cobre por uma rede de fibra óptica e o treinamento de novos controladores de tráfego aéreo.
Os problemas em Newark acontecem após a colisão de 29 de janeiro entre um jato de passageiros e um helicóptero militar perto do Aeroporto Nacional Reagan, em Washington, que deixou 67 mortos. Foi o primeiro grande acidente em um voo comercial nos Estados Unidos desde 2009.
A FAA sofreu cortes de pessoal devido à reorganização do governo federal promovida pelo presidente Donald Trump por meio do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado pelo CEO da Tesla, Elon Musk.
Os cortes de empregos não afetam os funcionários de segurança e a equipe de controle de tráfego aéreo não foi reduzida devido às iniciativas de Musk, de acordo com a FAA.
* AFP