Correr, caminhar, pedalar ou simular corrida e subida de escada são algumas das atividades aeróbicas mais comuns dentro das academias, além das aulas coletivas. A grande vantagem delas é que conseguem trabalhar o sistema cardiorrespiratório e, em alguns casos, dar uma força na hora de ganhar massa magra.
Apesar de cada pessoa ter seu aparelho preferido, uma boa dica é alternar esteira, bike, escada e transport ao longo da semana.
— É importante mudar os estímulos para ter um treino completo. Isso também motiva — destaca o treinador de corrida e personal trainer Victor Perkov.
Se você não tem nenhuma lesão ou restrição de movimento, veja os benefícios de cada equipamento e como usufruir dele da melhor forma possível:
Transport
A grande sacada desse aparelho é, além de trabalhar a parte aeróbica, não oferecer nenhum impacto, dando segurança aos usuários.
— É uma ótima ferramenta para quem tem problemas de mobilidade ou fez cirurgia e não pode ter impacto nos joelhos ou tornozelos — diz a professora de Educação Física Roberta Ortega.
Apesar de terem uma alavanca para as mãos, os membros mais requisitados são os inferiores, conseguindo trabalhar bastante a parte posterior das coxas e os glúteos.
— Pode-se aumentar o gasto calórico usando os braços junto — fala Perkov.
Para tirar o melhor proveito do aparelho, Roberta sugere que seja colocada uma leve carga e que o ritmo seja mantido no decorrer do exercício.
Esteira
Também trabalhando fortemente os membros inferiores, a esteira é uma boa opção para quem prefere atividades de intensidade de moderada a intensa. Além disso, é recomendada para iniciantes na corrida, permitindo um controle maior do ritmo do exercício.
— Se a pessoa não tem nenhuma restrição que a impeça de fazer exercícios de impacto, a esteira é uma grande aliada para evoluir nos treinos de corrida e caminhada. E tem o benefício de não ficar exposto às intempéries do clima — lembra o treinador.
Para utilizar melhor o equipamento, Roberta sugere que sejam feitos treinos mais curtos em de intensidade mais alta.
— Não precisa ficar 45 minutos ou uma hora na esteira — afirma.
Antes de subir no aparelho, a dica é procurar a orientação de um profissional de Educação Física para ajudar a acertar o passo e diminuir o risco de lesões. E mais:
— Se a pessoa nunca correu, precisa começar de forma gradual. E nesses dias frios, não é indicado começar correndo de cara. Precisa aquecer e "acordar" a musculatura para depois fazer o trabalho. Caso contrário, a tendência de estiramento muscular é grande — alerta.
Pessoas treinadas podem variar os estímulos e usar a inclinação da esteira para intensificar o trabalho, especialmente da parte posterior das pernas.
Escada
O aparelho simula uma subida de escadas é uma ótima pedida para trabalhar a cadeia posterior das pernas, especialmente os glúteos.
— Dá para trabalhar subindo degrau por degrau ou de dois em dois — ilustra Roberta.
Nele, a dica da professora é não exagerar: 20 minutos no equipamento já são o bastante. Mais que isso, pode provocar desconforto na panturrilha, prejudicando a qualidade do movimento.
Bicicleta
Bastante eficaz para melhorar a mobilidade dos joelhos e tornozelos, a bike também consegue trabalhar com intensidade a musculatura das coxas. Para utilizar o equipamento sem prejuízos, a dica é usar uma leve sobrecarga.
— Com pouca carga, pode lesionar os joelhos — destaca Roberta.
Outro cuidado é com a regulagem da altura do equipamento, lembra Perkov:
— A bike precisa estar bem regulada para o tamanho da pessoa, caso contrário pode causar desconforto na lombar e no quadril.
Uma das vantagens da bike é poder trabalhar tanto força quanto velocidade, mexendo apenas na carga.
Calçado ideal
Na esteira, Roberta sugere que se dê preferência aos tênis com solado mais baixo para manter o padrão da pisada.
— Estudos dizem que quanto menor o solado do tênis, melhor. Tem tênis para pisada pronada ou supinada no mercado, no entanto, não adianta corrigir no exercício e depois no dia a dia a pessoa usar um calçado normal.